“Convergência intuitiva”. Esta tem sido, de acordo com o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, a linha orientadora das diferentes estratégicas locais de cada um dos territórios do Minho no caminho da afirmação positiva desta sub-região. Mas Paulo Cunha alerta: “Para ir mais além é necessária uma alteração estrutural que passa inevitavelmente pela regionalização”.
Defensor convicto, há muitos anos, de uma divisão administrativa baseada em regiões, o autarca famalicense, que é também Presidente do Conselho Regional do Norte, não tem dúvidas de que “a inexistência de uma estrutura administrativa regional acaba por ser a razão primeira para muitos dos problemas que as autarquias do Minho hoje enfrentam”, afirma a autarquia famalicense em comunicado. Embora reconheça a existência de uma “convergência intuitiva” entre municípios “que tem conseguido suplantar algum défice de organização e de investimento nacional”, afirma que “dificilmente se poderá fazer mais se não se avançar para as regiões administrativas”.
Paulo Cunha foi um dos oradores na conferência “O Futuro do Minho”, promovida pelo jornal Correio do Minho e pela Rádio Antena Minho, na manhã da passada sexta-feira, 4 de novembro, em Braga, e na qual os autarcas José Maria Costa (Viana do Castelo), Domingos Bragança (Guimarães) e Miguel Costa Gomes (Barcelos) defenderam igualmente a regionalização e criticaram o “centralismo exacerbado” do atual sistema.
“É minha convicção que temos que pugnar pela alteração do paradigma estratégico da relação entre o Minho, o Norte e o País”, enfatizou, ressalvando: “Não quero com isto descredibilizar as estruturas que já existem, não está em causa a dinâmica colaborativa que os municípios têm tido, mas sabemos que essas estruturas não conseguem federar interesses”.
O Minho é neste momento a região que mais contribui para a criação de postos de trabalho e a geração de riqueza, sendo Vila Nova de Famalicão um dos principais contribuintes líquidos do país pela sua vocação exportadora em que se destaca a performance da Continental Mabor (cujo administrador, Pedro Carreira, também foi orador nesta conferência) – lembrou Paulo Cunha. Mas o autarca concluiu que “sem a efetivação de um modelo de regionalização é praticamente impossível o Minho conseguir um futuro melhor”.
Na mesma conferência, Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, defendeu também que o Minho é um motor do desenvolvimento do país.
Domingos Bragança, autarca de Guimarães, sugeriu a ideia de ligar os concelhos do Minho através de um sistema de transporte elétrico, o Tramway.
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