O presidente da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) disse hoje aguardar “luz verde” do programa Pares para avançar com investimentos de seis milhões de euros em cinco concelhos do Alto Minho.
Contactado pela agência Lusa, a propósito da inauguração, hoje, do Lar Residencial “A Minha Casa” da APPACDM, em funcionamento há um ano e com 15 utentes, Luiz Costa explicou que aquele investimento resulta de várias candidaturas submetidas em dezembro ao Programa Pares 3.0, referindo que “até final deste ou início do próximo semestre poderá haverá decisões”.
“A acontecer assim, serão obras para ficarem concluídas no final de 2023”, adiantou Luiz Costa.
Em causa está a construção de um Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) em Vila Praia de Âncora, no concelho de Caminha, com capacidade para acolher 30 utentes, de um lar residencial com 20 vagas, em Valença, e do alargamento do lar de Melgaço, que passará das atuais 17 para 30 vagas, explicou Luiz Costa.
Em Ponte da Barca, a APPACDM quer construir um CAO e um lar, com 30 vagas em cada uma das estruturas, e em Viana do Castelo apresentou candidaturas para um novo lar com capacidade para 30 pessoas e dois CAO na freguesia de Areosa, para o alargamento da capacidade do lar do Cabedelo, de 17 para 30 vagas, bem como o alargamento do CAO daquele lugar da freguesia de Darque, na margem esquerda do rio Lima Cabedelo, em Viana do Castelo.
O presidente da APPACDM adiantou que o programa governamental “só financia até 80%, sendo que a instituição terá de suportar, no mínimo, 20%”.
No total, o valor das candidaturas é de 5.954.578 euros, sendo que à instituição caberá um montante de 4.763.662 euros.
“As autarquias contribuirão com a verba que, entretanto, tiverem a amabilidade de disponibilizar”, observou.
Após a aprovação das candidaturas, a instituição terá um prazo de execução de 24 meses depois de lançado o concurso público.
O lar residencial “A Minha Casa” hoje inaugurado em Ponte de Lima está instalado na antiga escola primária de Moreira do Lima.
O projeto “nasceu de uma parceria celebrada entre a APPACDM e a Câmara de Ponte de Lima, que como entidade pública considera essencial apoiar iniciativas que reforcem a melhoria e capacidade de respostas sociais existentes no concelho”.
Em nota enviada às redações, aquela autarquia explicou a importância do “reforço” das respostas quer “através da criação de espaços vocacionados para atividades ocupacionais, quer de apoio social noturno, fundamentais para o desenvolvimento e qualidade de vida dessas populações e respetivas famílias”.
A APPACDM “assegurou o investimento relativo às obras de beneficiação e adaptação do edifício a lar residencial, cujo investimento total ascendeu aos 194.658,41 euros, tendo a Câmara de Ponte de Lima comparticipado com uma verba no valor de 27.391,36 euros”.
“O lar residencial para pessoas com deficiência mental já está a funcionar há um ano e acolhe atualmente 15 utentes”, sustenta o município.
No distrito de Viana do Castelo, a APPACDM tem 13 CAO com capacidade para 400 jovens e crianças com deficiência.
Com 48 anos de existência, a instituição tem, nas diversas respostas espalhadas pelo Alto Minho, mais de 900 utentes e emprega 330 trabalhadores.