Segunda fase de projeto para reduzir uso inapropriado de urgências avança terça-feira

Foto: Arquivo

A segunda fase do projeto-piloto “Ligue Antes, Salve Vidas”, para reduzir a utilização inapropriada dos serviços de urgência, começa na próxima terça-feira, depois de uma avaliação “extremamente favorável” na primeira fase.

A primeira fase decorreu durante o segundo semestre de 2023, nos concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, e a segunda fase, a iniciar na próxima terça-feira, dia 16, avança na Unidade Local de Saúde da Póvoa de Varzim/Vila do Conde.

“A primeira fase deste novo modelo de organização, encaminhamento e referenciação de doentes decorreu durante o segundo semestre do ano anterior, tendo tido uma avaliação extremamente favorável”, refere, em comunicado, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).

De acordo com a DE-SNS, durante o período de funcionamento da primeira fase do projeto-piloto, a partir de maio de 2023, “foram agendadas, pela Linha SNS 24, nos Cuidados de Saúde Primários (CSP), cerca de 17.500 consultas, marcadas com data e hora (em menos de 24h)”.

Diz que, dessa forma, foi possível evitar “atendimentos não justificados em serviço de urgência hospitalar”, além de melhorar a qualidade da resposta, “assegurando sempre a segurança dos processos”.

“Foi possível ainda que, através da Linha de Saúde SNS 24, cerca de 7.000 utentes ficassem em autocuidados, do mesmo modo que a Medicina Geral e Familiar (CSP) procedeu ao agendamento direto de 265 consultas abertas hospitalares, em diferentes especialidades, bem como sessões de hospital de dia, para utentes com agudizações de doenças crónicas”, lê-se no comunicado.

Por outro lado, com a referenciação direta de doentes para o serviço de hospitalização domiciliária, evitou-se o recurso ao serviço de urgência, “cumprindo com o verdadeiro espírito das unidades locais de saúde recentemente criadas”.

A DE-SNS salienta que o objetivo desta mudança é que o doente, em caso de doença aguda, ligue sempre primeiro para a linha SNS24, “de forma a poder ser orientado para o local mais adequado à sua situação clínica, evitando deslocações e perda de tempo desnecessárias e sobrecarga do serviço de urgência”.

Desta forma, as urgências ficam mais disponíveis para as situações de doença grave.

Os concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde foram os escolhidos para a implementação deste projeto-piloto porque têm bons acessos rodoviários, com tempos curtos de deslocação, 99% da população te médico de família e os cuidados de saúde primários estão totalmente organizados em unidades de saúde familiar, tal como refere a portaria que define as condições de implementação da segunda fase do projeto.

 
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