“Se me perguntassem se são cinco ou seis [jogos sem ganhar], não sei, não estou a fazer as contas”

Daniel Sousa

Declarações dos treinadores após o jogo Portimonense-Gil Vicente (1-0), da 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:

– Daniel Sousa (treinador do Gil Vicente): “Na primeira parte, não entrámos bem. Não nos estávamos a ajustar às condições, quer do terreno quer atmosféricas.

Não entrámos tão bem, com algumas perdas de bola perigosas. Além do perigo que pode surgir, é sobretudo a confiança em assentar o jogo e demorámos tempo a consolidar e assentar o nosso jogo.

Na segunda parte, foi o nosso domínio, não concedendo tantas situações de golo – foi a do golo e outra aos 86 minutos, quando já estávamos a arriscar tudo.

De resto, foi um domínio total, como tenho sentido nos últimos jogos. Sinto que há um domínio nosso, mas tem-nos faltado uma ponta de sorte. Merecíamos ter saído daqui com mais qualquer coisa, como no jogo anterior também merecíamos, mas tem sido este um resumo dos últimos jogos.

Sinceramente, se me perguntassem se são cinco ou seis [jogos sem ganhar], não sei, não estou a fazer as contas de cabeça. Temos estado sempre à procura dos três pontos, tivemos jogos em que tínhamos obrigação de conseguir os três pontos e noutros sabemos que a obrigação e responsabilidade é maior no adversário, sobretudo quando os objetivos são completamente diferentes, no caso do Sporting ou do Braga.

Para todos os efeitos, é uma sequência que não é positiva, obviamente, e continuamos na luta pelo nosso objetivo principal.”

– Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “São três pontos muito importantes e muito valorizados pela qualidade do oponente. Sabia que íamos ter pela frente um osso muito duro de roer, a equipa do Gil [Vicente] tem muita qualidade.

Entrámos muito bem, muito determinados, a pressionar muito alto. Na primeira parte, conseguimos roubar cinco ou seis bolas em zona muito alta, em que, definindo um pouco melhor, podíamos ter feito o resultado. Portanto, um primeiro tempo muito bem conseguido.

E depois, no segundo tempo, voltámos a entrar forte. Era difícil manter essa toada, porque, com o calor que se fez sentir hoje, para quem correu como nós corremos no primeiro tempo, pagámo-lo um pouco no segundo tempo, e também com as condições psicológicas que a vantagem criou.

Ao fazermos o golo, começámos a não correr os [mesmos] riscos na pressão. Tínhamos de manter a pressão bastante elevada, porque se dermos a bola ao Gil Vicente, tem muita qualidade nos seus intérpretes e podia causar dano.

Não conseguimos manter essa pressão e o Gil apareceu no jogo, a criar ali numa situação muito ‘frisson’, onde, além da ‘estrelinha’, contámos com o nosso ‘keeper’ [Nakamura] e conseguimos guardar a vantagem com muito esforço, com muita dedicação e com muita entrega. E, portanto, ‘chapeau’ para o grupo de trabalho, para os que jogaram e para os que não jogaram, numa vitória muito importante.

[Manutenção praticamente assegurada?] Aquilo que é o nosso compromisso é, em cada jogo, tentarmos brigar pelo resultado. Criar um plano, conhecer as qualidade do adversário, olhar para nós e ver as peças disponíveis e irmos à luta com galhardia e com dignidade.

Tivemos alguns resultados a perder por um golo, que criaram à volta da equipa alguma desconfiança. Tal como não o fiz nessa altura, não o faço agora. Depois da folga, a partir de terça-feira é olhar para Braga, que está metido na luta do título e vai ser outro desafio extremamente interessante para nós. Fizemos 33 pontos, vamos procurar fazer mais alguns até final, obviamente o máximo que conseguirmos.”

 
Total
0
Partilhas
Artigos Relacionados
x