A coordenadora bloquista, Catarina Martins, disse hoje ao primeiro-ministro que se não tiver o orçamento aprovado “é porque não quer”, com António Costa a acusar o BE de não ter dado “um único passo” em direção ao executivo.
No arranque do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), Catarina Martins fez a primeira intervenção pela bancada do BE, acusando o Governo do PS de, nas negociações orçamentais, ter decidido “substituir a negociação pelo ultimato”.
“Se amanhã não tiver um orçamento aprovado é porque não quer. Uma a uma, o primeiro-ministro rejeitou – sem explicar ao país porquê – todas as nove medidas que o Bloco de Esquerda apresentou”, avisou a dirigente bloquista, considerando que o Governo fez “a sua escolha”.
No entanto, para Catarina Martins, “ir para eleições é a escolha errada”.
▶️ @catarina_mart afirmou que “a crescente intransigência nas negociações tem apenas um objetivo: proteger as regras da troika que condenam o nosso país a baixos salários e pensões. A direita pôs as regras na lei, o PS quer torná-las facto consumado e consolidá-las”. pic.twitter.com/PTXNTnDGKB
— Bloco no Parlamento (@GPBloco) October 26, 2021
“Se amanhã não tiver um orçamento aprovado é porque não quer. Uma a uma, o primeiro-ministro rejeitou – sem explicar ao país porquê – todas as nove medidas que o Bloco de Esquerda apresentou. Pela nossa parte, honramos o nosso mandato e assumimos a nossa responsabilidade”. pic.twitter.com/xAuVLhDkgO
— Bloco no Parlamento (@GPBloco) October 26, 2021
Na resposta, António Costa considerou que as negociações com o BE “tem decorrido num bom clima” e “nunca houve chantagens, nunca houve ultimatos, nunca o Governo disse que queria ir para eleições”.
“O Bloco de Esquerda é que até agora não deu um único passo que fosse em direção ao Governo. Isso é que até agora nunca deu”, contrapôs.