O treinador do Sporting Clube de Braga, Sá Pinto, foi hoje identificado pela PSP após ter sido chamada a um avião da Ryanair, em Faro, devido a um alegado desentendimento com uma hospedeira, informou fonte desta força de segurança.
“A PSP foi chamada pela tripulação de um avião porque havia um homem bastante exaltado com uma hospedeira”, disse à Lusa fonte da Direção Nacional da PSP, referindo que esta força de segurança “desconhece os motivos da exaltação”.
Já na aeronave, que tinha como destino o Porto, os elementos da PSP pediram a Sá Pinto que os acompanhasse.
“Ele acompanhou e foi identificado na Divisão de Segurança Aeroportuária da PSP de Faro”, acrescentou a mesma fonte, referindo que Sá Pinto “não foi nem expulso nem detido”.
A PSP adiantou que o ex-futebolista “já não embarcou no avião” e esclareceu que, se houver queixa por parte da transportadora ou da hospedeira, a situação será comunicada ao Ministério Público.
O momento foi divulgado em vídeo através das redes sociais.
O SC Braga emitiu, entretanto, um comunicado onde acusa o chefe de cabine do avião de ter uma “postura arrogante e mal educada”.
Leia o comunicado na íntegra:
“Ricardo Sá Pinto vem publicamente informar do incidente ocorrido hoje ao princípio da noite no avião da Ryanair que fazia a ligação entre Faro e Porto.
Desde a sua entrada no avião que o chefe de cabine teve para consigo uma postura arrogante e mal educada. Não obstante este comportamento condenável, e tendo-lhe sido solicitado por este chefe de cabine que desligasse o telemóvel e os auriculares, acatou de imediato as instruções e desligou ambos os aparelhos.
Aquando da reserva do bilhete procedeu à marcação do seu lugar na primeira fila do avião e pago o respectivo valor por lugar especial.
Tal reserva de lugar acontece pela impossibilidade de manter o joelho dobrado durante o tempo de voo decorrente das graves lesões sofridas nos joelhos enquanto jogador de futebol.
Tendo a perna esticada por força da sua limitação física foi-lhe ordenado pela assistente de bordo que dobrasse as suas pernas tendo sido por ele explicado a impossibilidade de o fazer, razão pela qual adquiriu aquele lugar.
Perante esta posição devidamente explicada, a tripulação recusou-se a iniciar o voo, o que obrigou ao desembarque do passageiro Ricardo Sá Pinto.
É absolutamente condenável a postura do funcionário desta companhia de aviação `low Cost` e Ricardo Sá Pinto irá proceder judicialmente contra esta empresa e contra o aludido chefe de cabine pela actuação tida contra a sua pessoa.”
Notícia atualizada às 1h01