O SC Braga considera ter sido prejudicado pela arbitragem no jogo que hoje perdeu com o Benfica (4-1), na 31.ª jornada da I Liga de futebol, e que o Sporting tem sido “constantemente favorecido”.
“Mais uma jornada, mais uma demonstração da falência da arbitragem em Portugal, da incoerência dos seus critérios e da sua clara interferência na classificação em prol do ‘status quo’ vigente”, pode ler-se no comunicado publicado após o jogo de hoje, realizado no Estádio Municipal de Braga.
UM CAMPEONATO DESVIRTUADO
Mais uma jornada, mais uma demonstração da falência da arbitragem em Portugal, da incoerência dos seus critérios e da sua clara interferência na classificação em prol do “status quo” vigente.
Comunicado em 👉 https://t.co/nUnbA0rcrl pic.twitter.com/AIiEEDJPXZ
— SC Braga (@SCBragaOficial) April 28, 2019
Os responsáveis bracarenses consideram que a primeira grande penalidade a favor do Benfica foi “indevidamente marcada”, pelo árbitro Tiago Martins, por “não existir falta de Esgaio” sobre João Félix, e defendem ter ficado um penálti por assinalar a seu favor na primeira parte, entre outros erros disciplinares.
“Nos momentos de decisão, o SC Braga foi sempre impedido de disputar o terceiro lugar, sendo também flagrante a forma como o nosso competidor direto [Sporting] foi constantemente favorecido, jornada após jornada, para que o topo da tabela refletisse a hierarquia crónica”, lê-se.
Segundo o SC Braga, “há bons árbitros em Portugal, mas há também uma notória incapacidade de renovar o setor e isso exige uma profunda reflexão do Conselho de Arbitragem”.
“Quando se desvirtua um campeonato, algo vai profundamente mal no reino da arbitragem”, conclui.
Para além do SC Braga, também o FC Porto, e até André Villas Boas, ex-técnico dos dragões, deixaram fortes críticas.
O FC Porto, através do Twitter, queixou-se dos dois penáltis que permitiram ao Benfica passar do 1-0 para o 1-2. “Isto foi às claras para a toda a gente ver”.
Villas Boas, treinador campeão nacional pelos portistas, criticou a segunda grande penalidade, por suposta falta sobre João Félix (imagens em destaque).
“Ridículo”, escreveu no Instagram.
Contra a corrente, o treinador do SC Braga não culpa a arbitragem pela derrota.
“Não queria muito ir por aí. Depois deste resultado falar de arbitragem… Dou a cara quando tenho que dar, sei aquilo que fizemos. A frustração que fica é de não termos tido o mesmo estofo na segunda parte”, disse Abel Ferreira após o jogo.
Comunicado do SC Braga na íntegra:
Mais uma jornada, mais uma demonstração da falência da arbitragem em Portugal, da incoerência dos seus critérios e da sua clara interferência na classificação em prol do “status quo” vigente.
Este domingo, contra o SL Benfica, assistimos a mais um rol de decisões inacreditáveis em prejuízo do SC Braga. Desde logo, um penálti por assinalar por jogo perigoso com contacto sobre Paulinho (17’). Aos 57’, porém, seria indevidamente marcada grande penalidade a favor do SL Benfica, apesar de não existir falta de Esgaio. Tão instável como o critério técnico foi o critério disciplinar, com João Félix (61’) e Florentino (78’ e 79’) a escaparem a claras infrações merecedoras de segundo cartão amarelo.
Nos momentos de decisão, o SC Braga foi sempre impedido de disputar o 3.º lugar, sendo também flagrante a forma como o nosso competidor direto foi constantemente favorecido, jornada após jornada, para que o topo da tabela refletisse a hierarquia crónica.
Mais uma jornada, mais uma demonstração da falência da arbitragem em Portugal, da incoerência dos seus critérios e da sua clara interferência na classificação em prol do “status quo” vigente.
Há bons árbitros em Portugal, mas há também uma notória incapacidade de renovar o sector e isso exige uma profunda reflexão do Conselho de Arbitragem.
A evolução só é possível com autocrítica, exercício a que não são dadas as estruturas que gerem o futebol em Portugal, com responsabilidades a partilhar entre a FPF, o seu CA e a Liga. Em Itália, um erro recente no Juventus-AC Milan mereceu punição pública e intervenção mediática dos responsáveis do sector. Em Portugal, continuamos a preferir o corporativismo e a negação.
Mas quando se desvirtua um campeonato, algo vai profundamente mal no reino da arbitragem!
Notícia atualizada às 21h58 com mais informação.