O SC Braga quer avançar, em 2018, com a segunda fase da chamada “Cidade Desportiva”, – “a obra do século” – e o seu presidente, António Salvador, revelou, esta segunda-feira, que a infra-estrutura vai ser alargada com mais dois campos de futebol, para os que já foram comprados os respetivos terrenos, ao lado dos atuais.
“A cidade desportiva vai continuar a crescer ao ritmo a que o clube a obrigar e, por isso, anuncio que já negociamos a aquisição de terrenos que nos permitam alargar o centro de formação, dotando-o de mais dois campos de futebol para responder à enorme procura que as nossas escolas têm tido”, afirmou.
O dirigente desportivo apelou ao presidente da Câmara, Ricardo Rio, para que dê uma resposta célere aos projetos do clube. Deixando no ar a ideia de que algo estaria a marcar passo nos serviços municipais. Ora, e ao que O MINHO apurou, não entrou no pelouro do Urbanismo qualquer projeto urbanístico e respetivo pedido de licenciamento das obras. Estar-se-á, ainda, na fase de “conversas exploratórias”.
No discurso efetuado no Theatro Circo, em Braga, onde decorreu a Gala Legião de Ouro, comemorativa do 97.º aniversário do clube, António Salvador apelou ao apoio dos adeptos e prometeu que “não se desviará de uma única batalha”.
Para Salvador, a Cidade Desportiva é a obra do século, que vai continuar a crescer ao ritmo a que o clube a obrigar. Dirigindo-se aos adeptos disse querer mais.
11 Milhões
São mais 11 milhões de euros de investimento. A segunda fase de construção da Cidade Desportiva, engloba os edifícios administrativo e hoteleiro e a reconversão do esqueleto da piscina olímpica (inacabada) existente junto ao novo estádio municipal. E, também, 700 novos lugares de estacionamento. Deve estar concluída em janeiro de 2019. A primeira fase, onde estão investidos nove milhões e que ficou pronta em maio de 2017, engloba um centro de formação com sete campos de futebol relvados, onde também treina a equipa B.
A obra permitirá acolher, de forma permanente, os mais de 150 atletas jovens dos vários escalões de competição, que ainda pernoitam em apartamentos na cidade. De momento, apenas as refeições são servidas na Academia desportiva.
A partir de setembro último, os sete relvados passaram a receber os treinos das várias escolinhas de futebol da coletividade, com “miúdos” com menos de 12 anos, quase um milhar de atletas.
A Cidade Desportiva tornou-se possível após a doação pela Câmara Municipal (PSD/CDS), em 2014, de 12 hectares de terrenos no chamado Parque Norte, ao lado do estádio municipal. O clube não tinha, até agora, nenhum ativo físico de sua propriedade.
O chamado Parque Norte integra os terrenos anexos ao estádio – construído para o Euro/2004 – e à piscina olímpica, que nunca foi concluída. Foram comprados pelo executivo anterior, liderado pelo socialista Mesquita Machado, mas estavam sem uso por falta de verbas.
O investimento está a ser feito com recurso a um sindicato bancário.
Além dos campos de futebol, terá balneários, uma área residencial, um edifício administrativo, e um mini-estádio – para jogos da equipa B e de escalões juvenis.