O SC Braga perdeu hoje a oportunidade de conquistar a Taça da Liga pela terceira vez, ao perder a final com o Sporting, por 1-0.
Num terreno muito complicado, devido ao mau tempo, o lateral direito espanhol Pedro Porto marcou, aos 41 minutos, o golo dos comandados de Rúben Amorim, que tinha arrebatado a prova na época passada ao comando dos ‘arsenalistas’.
No ‘ranking’ da prova, os ‘leões’, que já tinham vencido em 2017/18 e 2018/19 e perdido as finais de 2007/08 e 2008/09, sempre nos penáltis, isolam-se no segundo lugar, com três cetros, contra a dois do SC Braga. Lidera o Benfica, com sete.
O Braga apresentou-se com o mesmo ‘onze’ que derrotou o Benfica, na quinta-feira, ainda sem Paulinho, remetido ao banco de suplentes, com Abel Ruiz no centro do ataque.
Com um relvado pesado, devido à chuva intensa, a primeira parte do jogo foi exigente fisicamente, dividida a meio-campo, fruto de passes imperfeitos e um sem número de duelos duros, muitos deles faltosos.
O Sporting foi o primeiro a ameaçar a baliza adversária, logo aos três minutos, com um remate de fora da área de João Mário, tendo o Braga respondido, aos seis, com um livre de Sequeira, da esquerda, para um corte incompleto de Feddal e um ressalto em Coates, que acabou por sobrar para Adán.
A chuva ofuscava a qualidade técnica e os lançamentos longos pareciam ser a opção mais eficaz para ‘alimentar’ os ataques, como ocorreu aos 26 minutos, por duas vezes, pela direita, com cruzamentos de Ricardo Esgaio para a área ‘leonina’, o primeiro sem que Abel Ruiz conseguisse finalizar e, depois, o segundo, para um desvio de Adán para canto.
Aos 33 minutos, os treinadores das duas equipas foram expulsos pelo árbitro Tiago Martins, por indicação do assistente André Campos, depois de um lance em que o lateral Sequeira carregou em falta Tiago Tomás.
Foi já com Carlos Carvalhal e Rúben Amorim na bancada, cuja expulsão, reincidente, o deve afastar dos próximos jogos, nomeadamente do dérbi com o Benfica, que o Sporting chegou à vantagem, aos 41 minutos.
Novamente, um passe longo, na cobrança de uma falta ainda no meio-campo do Sporting, de Gonçalo Inácio, que, juntamente com a simulação de Tiago Tomás, surpreendeu Sequeira e David Carmo, permitindo a entrada do lateral Pedro Porro, que bateu Matheus, com um remate forte e cruzado.
O Sporting terminou a primeira parte por cima, com Pedro Gonçalves, a solo, a fintar a defensiva ‘arsenalista’, mas a concluir a jogada com um remate fraco, para as mãos do guarda-redes.
Na segunda parte, já sem chuva, mas ainda com o relvado ensopado, o Sporting até podia ter ampliado a vantagem, aos 65 minutos, mas Matheus defendeu o remate de Pedro Gonçalves, que aproveitou a reposição de Adán, beneficiando de um corte imperfeito de Al Musrati para ficar na ‘cara’ do guarda-redes bracarense.
Até ao fim, assistiu-se à resistência do Sporting à reação bracarense, muito dinamizada pela entrada em jogo de Iuri Medeiros, que rendeu Castro e se colou à ala direita, desviando Ricardo Horta para o centro, permitindo ‘tiros’ ao antigo extremo ‘leonino’, aos 65 e 69 minutos.
Paulinho, que foi aposta para a segunda parte, substituindo Ruiz, tal como, no lado contrário, Nuno Santos, para o lugar de Jovane, superiorizou-se à defensiva ‘verde e branca’, após passe de Ricardo Horta, mas acertou, com estrondo, na trave, aos 71.
Já nos últimos 10 minutos, Al Musrati, com um remate ao lado, e, novamente Iuri Medeiros, num lance em que Ricardo Esgaio ainda introduziu a bola na baliza ‘leonina’, mas estava em posição irregular, mantinham as esperanças minhotas, enquanto, Sporar não conseguiu melhor do que acertar no guarda-redes bracarense, na sequência de um passe de Matheus Nunes.
A insistência do Sporting de Braga remeteu, ainda mais, o Sporting para a sua defensiva, mas não conseguiu melhor do que um ‘tiro’ de João Novais, aos 90+7 minutos, para uma defesa ‘apertada’ de Adán, já depois de Pedro Gonçalves ter sido expulso, com cartão vermelho direto.
Na sua quinta final, o Sporting somou o terceiro triunfo na competição, e o estatuto criado pela Liga de clubes de ‘campeão de inverno’, pela terceira vez, a primeira sem recurso ao desempate através de grandes penalidades, depois das conquistas de 2017/18 e 2018/19.
Rúben Amorim voltou a erguer o troféu, depois de o ter conquistado na época passada, então ao comando do SC Braga.
Ficha de Jogo
Jogo no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria.
Sporting – SC Braga, 1-0.
Ao intervalo: 1-0.
Marcador:
1-0, Pedro Porro, 41 minutos.
Equipas:
– Sporting: Adán, Gonçalo Inácio (Luís Neto, 89), Coates, Feddal, Pedro Porro, Palhinha, João Mário (Matheus Nunes, 68), Nuno Mendes, Pedro Gonçalves, Jovane Cabral (Nuno Santos, 46) e Tiago Tomás (Sporar, 59).
(Suplentes: Luís Maximiano, Matheus Nunes, Sporar, Nuno Santos, Neto, Gonzalo Plata, Borja, Antunes e Daniel Bragança).
Treinador: Rúben Amorim.
– SC Braga: Matheus, Ricardo Esgaio, Tormena, David Carmo, Sequeira, Al Musrati, Castro (Iuri Medeiros, 62), Ricardo Horta, Fransérgio (João Novais, 73), Galeno e Abel Ruiz (Paulinho, 46).
(Suplentes: Tiago Sá, Rolando, Raul Silva, João Novais, Piazon, André Horta, Iuri Medeiros, Schettine e Paulinho).
Treinador: Carlos Carvalhal.
Árbitro: Tiago Martins (AF Lisboa).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Jovane Cabral (24), Sequeira (32), Nuno Mendes (76), Pedro Porro (81), Matheus Nunes (88), Al Musrati (90+4), Pedro Gonçalves (90+5) e Luís Neto (90+6). Cartão vermelho direto para Pedro Gonçalves (90+6). Cartão vermelho direto para o treinador do Sporting, Rúben Amorim (33), e o treinador do Sporting de Braga, Carlos Carvalhal (33).
Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.