SC Braga e Servette empataram hoje 0-0 e deixaram tudo em aberto para a segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga Europa de futebol, num jogo em que os minhotos realizaram uma exibição muito ‘cinzenta’.
Por difícil que possa parecer, o resultado foi melhor que a exibição porque os bracarenses partem para a segunda mão, dentro de uma semana, em Genebra, com tudo em aberto, mas deixaram uma imagem muito pálida, tendo mesmo estado à mercê do Servette, sobretudo na primeira parte.
A boa notícia talvez se resuma ao facto da equipa ter voltado a não sofrer golos, depois do resultado agregado de 7-0 na segunda pré-eliminatória, diante dos israelitas do Maccabi Petah Tivka.
A grande novidade no ‘onze’ do SC Braga foi Roberto Fernández na frente de ataque em vez de El Ouazanni, mas o ponta-de-lança espanhol passou ao lado do jogo, tal como a maioria da equipa, aliás.
O Servette surgiu em Braga já com quatro jogos no campeonato suíço, no qual é segundo classificado, com os mesmos pontos que o primeiro (Lugano), mas mais um jogo, e o maior ritmo competitivo fez-se sentir logo no início do jogo.
A equipa suíça entrou mais pressionante e intensa e criou perigo junto da baliza de Matheus, com destaque para um remate em arco de Antunes de fora da área que o guarda-redes dos minhotos defendeu para canto (09).
Pouco depois, o treinador bracarense aproveitou mesmo uma paragem para assistência a Matheus para reunir a equipa junto ao banco e dar algumas instruções aos jogadores, mas de nada serviu, porque o SC Braga continuou errático, com a dupla do meio-campo João Moutinho e Zalazar uns bons furos abaixo do habitual.
O Servette continuou por cima e Antunes era o seu jogador mais perigoso, obrigando Matheus a atenção permanente, como aos 12 e 20 minutos.
Aos 28 minutos, os helvéticos estiveram muito perto do golo após um lance estudado que tem tanto de mérito da equipa suíça, como de demérito da defesa bracarense: após um lançamento lateral da direita, Antunes serviu de primeira Crivelli por cima dos defensores ‘arsenalistas’ e o ponta-de-lança francês rematou de pronto a rasar o poste.
O SC Braga não criou qualquer oportunidade de golo na primeira parte, nem sequer um lance de perigo, o que ilustra bem os primeiros 45 minutos dos minhotos que foram para o intervalo com um resultado lisonjeiro e debaixo de assobios.
Daniel Sousa não mexeu no reatamento e só o fez aos 70 minutos, lançando de uma vez Gabri Martínez e El Ouazzani (saíram os apagados Roger e Roberto Fernández).
Já bem depois do primeiro remate de algum perigo, apenas aos 53 minutos, com Roger a fletir no terreno desde a direita e atirar em arco, o SC Braga só criou a primeira verdadeira ocasião de golo aos 76 minutos quando, lançado por Victor Gómez, Zalazar atirou contra o guarda-redes adversário que defendeu ainda a recarga do recém-entrado El Ouazzani.
O Servette deu mostras de alguma quebra física e o SC Braga foi mais forte nos últimos minutos e podia ter marcado novamente aos 82 minutos, num ‘disparo’ de Bruma às malhas laterais.
Ficha de Jogo
Estádio Municipal de Braga.
SC Braga – Servette, 0-0.
Equipas
– SC Braga: Matheus, Victor Gómez, Arrey-Mbi, Niakaté, Adríán Marín, João Moutinho, Zalazar, Ricardo Horta (João Marques, 87), Bruma, Roger (Gabri Martínez, 70) e Roberto Fernández (El Ouazzani, 70).
(Suplentes: Tiago Sá, Lukas Hornicek, Serdar, Joe Mendes, Wdowik, Vítor Carvalho, Thiago Helguera, Gorby, João Marques, Vasconcelos, Gabri Martínez e El Ouazzani).
Treinador: Daniel Sousa.
– Servette: Jérémy Frick, Keigo Tsunemoto, Steve Rouiller, Yohan Severin, Bradley Mazikou, David Douline (Anthony Baron, 90+5), Gael Ondoua, Alexis Antunes (Théo Magnin, 77), Miroslav Stevanovic, Timothé Cognat e Enzo Crivelli (Derek Kutesa, 68).
(Suplentes: Joel Mall [GR], Leo Besson [GR], Anthony Baron, Julian Vonmoos, Sidiki Camara, Derek Kutesa, Théo Magnin, Jérémy Guillemenot, Usman Simbakoli, Malik Sawadogo, Tiemoko Ouattara e Samuel Frankhauser).
Treinador: Thomas Häberli.
Árbitro: Giorgi Kruashvili (Geórgia).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Bruma (15), El Ouazzani (78), Steve Rouiller (90+9) e Zalazar (após final do jogo).
Assistência: 16.663 espetadores.