O banco Santander acaba de anunciar, em carta enviada aos 58 clientes cujos cofres foram arrombados num assalto na noite de 22 de junho, numa sua dependência em Braga que “não poupará esforços para mitigar e reparados os transtornos e prejuízos causados”.
No documento, o Santander pede aos clientes que dêm autorização para dispensa do dever de segredo bancário, para fins judiciais, e informa que o banco “tem prestado toda a colaboração às autoridades judiciais responsáveis pela investigação do assalto”, salientando que, “no que se refere à restituição dos bens constantes dos cofres” e segundo informação que recolheu, “a mesma não dispensa a intervenção processual de cada um dos proprietários dos cofres”.
Lembra que o arrombamento e furto dos 58 cofres-forte ocorreu na noite de 22 de junho – e não no dia seguinte, de São João, conforme tem sido noticiado -, e sublinha que se tratou de um “ato criminoso de terceiros perpretado por um grupo altamente organizado e muito bem apetrechado tecnologicamente”.
“Dado que ainda se desconhece que bens foram retirados dos cofres e que bens foram já recuperados, pedimos que seja concedida autorização a este banco para disponibilizar às autoridades os elementos de identificação de modo a facilitar o contacto”, acrescenta.
Na carta, o banco nada diz sobre a alegada negligência que lhe é apontada por alguns dos lesados, já que não tratou de reforçar a segurança, quando começou obras de remodelação no balcão da Avenida Central.
Ao que O MINHO soube, pelo menos dois advogados, representando vários clientes lesados, decidiram solicitar ao Santander, por escrito, o pagamento dos montantes que tinham guardado nos cofres.
Conforme então noticiámos, este terá sido o maior assalto alguma vez registado em Braga. Os clientes lesados calculam que terão sido levados do Santander, na Avenida Central, na noite de São João, cerca de dez milhões de euros depositados em 58 cofres individuais. Um valor que inclui dinheiro vivo, jóias, ouro e relógios de coleção.
O gangue, com nove membros, que foi detido no início de Julho pela GNR, assaltou, também, as casas do cantor limiano Delfim Júnior e do empresário Domingos Névoa, suspeitando-se, ainda, que terão furtado,
em junho, 300 mil euros na ourivesaria Carlos Pires Joalheiro.