O antigo candidato à Presidência da República António Sampaio da Nóvoa recusou hoje falar sobre uma eventual candidatura a Belém, sem esclarecer se está a ponderá-la, e salientou que nunca alimentou “nenhuma expectativa”.
“Não fiz nenhuma declaração sobre isso [eleições presidenciais], não alimentei nenhuma expectativa e aqui vim falar apenas sobre Educação”, respondeu António Sampaio da Nóvoa, em declarações aos jornalistas, à margem do Simpósio Mundial do Conselho Mundial de Sociedades de Educação Comparada (WCCES), organizado na Universidade Lusófona, em Lisboa.
Perante a insistência dos jornalistas sobre uma eventual candidatura presidencial, ou sobre quando e se falará sobre o tema, Sampaio da Nóvoa repetiu apenas várias vezes que estava naquele congresso para “falar sobre Educação”, a sua área científica de especialização.
Interrogado sobre se a corrida a Belém não é sequer um assunto, respondeu, de novo, que “o assunto é Educação”.
“O assunto é Educação, que eu vim aqui falar, vim tratar disso, vim trabalhar sobre isso, não vou fazer nenhuma declaração sobre coisa nenhuma”, respondeu.
Questionado sobre se, ao não descartar à partida uma candidatura, quer dizer que está a ponderar, António Sampaio da Nóvoa repetiu: “Não vim fazer nenhuma declaração sobre outra coisa”.
Recentemente, o antigo secretário-geral do PS Eduardo Ferro Rodrigues, a dirigente e ex-deputada do BE Joana Mortágua manifestaram o seu apoio público a uma eventual recandidatura de António Sampaio da Nóvoa a Belém, numa altura em que são candidatos oficiais Luís Marques Mendes, António José Seguro, Henrique Gouveia e Melo e António Filipe.
António Sampaio da Nóvoa nasceu em dezembro de 1954, em Valença, no distrito de Viana do Castelo, e é doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Genève, Suíça (1986) e doutor em História Moderna e Contemporânea pela Universidade de Paris IV-Sorbonne (2006).
O académico jubilado foi consultor para os assuntos da educação da Casa Civil do Presidente da República Jorge Sampaio entre 1996 e 1999 e entre 2006 e 2013 Reitor da Universidade de Lisboa, conduzindo o processo de fusão da Universidade de Lisboa e da Universidade Técnica de Lisboa.
Em 2012, presidiu às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Foi candidato independente às eleições presidenciais de 2016, nas quais 22,88% dos votos, ficando em segundo lugar, atrás de Marcelo Rebelo de Sousa com 52%.
A partir de abril de 2018 e até novembro de 2021, foi o Representante Permanente de Portugal junto da UNESCO.