Não há avistamentos de organismos gelatinosos nas praias do Minho durante a última semana, segundo o mais recente relatório do projeto GelaVista, coordenado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera e que monitoriza aqueles organismos na costa portuguesa com ajuda dos cidadãos.
Contudo, refere aquele projeto de ciência-cidadã que “esta semana as salpas (Salpa spp) arrojaram em força nos concelhos de Almada, Cascais e Sintra”, questionando se as mesmas estão a surgir “noutras praias do país”.
Explica o IPMA que as salpas “são organismos gelatinosos do grupo dos cordados”, não medusas, e “ao contrário destas, possuem um sistema nervoso e um sistema digestivo complexos, tendo mesmo um coração, um cérebro e intestinos”.
“Exibem um ciclo de vida complexo, com uma fase solitária e uma fase colonial” e “alimentam-se principalmente de fitoplâncton, podendo ocorrer em grandes números em zonas muito produtivas”, prossegue o IPMA.
Estes seres “não são urticantes” e “criam, na sua fase colonial, cadeias que atingem vários metros de comprimento”, prossegue a mesma fonte.
Estes seres gelatinosos podem ser encontrados em maior número no Oceano Austral, junto à Antártica, onde formam “enormes concentrações” em águas profundas.