Declarações após o jogo Gil Vicente-Tondela (1-1), da quarta jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio Cidade de Barcelos:
Rui Almeida (treinador do Gil Vicente): “Sim, [faltou eficácia]. Temos de chegar com mais gente [à área contrária] para aumentarmos a probabilidade de a eficácia ser maior. Num jogo em que há 14 ou 15 remates para nós, situações de perigo evidente, temos de fechar [com golo] e de fazer um resultado claro, de 2-0 ou 3-0. Era esse [que deveria ser] o resultado do jogo.
Saio frustrado do jogo, mas os resultados são sempre corretos. Não marcámos nas diversas oportunidades que tivemos, num jogo em que o Tondela sentiu dificuldades para controlar as nossas movimentações. Sentíamos que íamos marcar em qualquer momento do jogo. Continuámos a criar situações. O golo [do Tondela] aparece num momento fortuito do jogo, mas temos de fechar e, para isso, temos de chegar com três, quatro ou cinco [elementos à área adversária].
Quando passam a ser contra 10, os jogos são completamente distintos. Nem precisámos muito de construção de primeira fase, porque o Tondela não nos pressionou. Baixou sempre o bloco e apostou tudo numa transição ou numa bola parada.
Fizemos um jogo de ataque organizado nos últimos 30 metros do terreno. Criámos oportunidades, não marcámos, mas vamos crescer. Temos jogadores novos que vão crescer, até na hora de atirar à baliza. Estaria muito mais preocupado se não tivéssemos criado ocasiões”.
Pako Ayestarán (treinador do Tondela): “A justiça faz-se pelos golos. Cada equipa marcou um. Logo o resultado foi justo. Eles [Gil Vicente] tiveram a iniciativa do jogo, criaram-nos muitas dificuldades na primeira parte. Fruto dessas dificuldades, forçaram a expulsão do Baba [Niasse]. No final do primeiro tempo e no início do segundo, já controlámos melhor, não permitindo tantas incursões dos laterais adversários. Conseguimos empatar um jogo muito difícil.
Apostámos em jogadores que poderiam ter mais a bola, mas, depois da expulsão, foi muito difícil [tê-la]. É normal ser difícil construir, jogando com menos um [elemento]. Ainda mais o é contra uma equipa como o Gil Vicente, que nos obriga a bascular muito no terreno. Tivemos dificuldades nas bolas em profundidade.
Uma equipa e um treinador têm sempre de acreditar na possibilidade de transformar o resultado. Não era impossível e mostrámos que era possível. Houve outros jogos em que não tivemos tanta sorte [como hoje].
(Tondela continua sem triunfos) Mais do que ganhar, é mais importante olharmos para onde queremos estar. Onde queremos estar será fruto do nosso trabalho, dia após dia, treino após treino”.