Ricardo Sá Pinto, ex-treinador do SC Braga, numa entrevista ao jornal espanhol Mundo Deportivo, confessa ainda não ter entendido o motivo de ter saído do clube arsenalista, admitindo estar triste por ter ambição de conseguir algo maior.
“É uma decisão que ainda não entendi. Estava muito entusiasmado com o trabalho no Braga. Na Liga Europa batemos todos os recordes do clube, estivemos dez jogos sem perder, fomos a melhor equipa da fase de grupos. Chegámos às meias-finais da Taça da Liga, que acabaram por vencer, e é verdade que na Liga não estávamos no lugar em que queríamos, porque não é fácil jogar de três em três dias. Acreditava que quando a equipa descansasse, poderia melhorar na Liga. Não pude terminar o trabalho e saí triste porque tinha a ambição e conseguir algo maior”, disse o treinador, que foi substituído, a 23 de dezembro de 2019, por Rúben Amorim.
Sá Pinto admite ter tido “uma proposta do mercado europeu e outra do golfo pérsico, mas com este assunto [coronavírus] temos de esperar, porque é arriscado tomar decisões. A ideia é continuar nos bancos, porque adoro treinar e tive anos bons. Fui vice-campeão da Liga e campeão da Taça na Bélgica com o Standard Liége, em 2018, e apurámo-nos para a Champions. E na Polónia fui vice-campeão da Liga em 2019, com o Legia. Algum dia chegará o que mereço”, destaca.
Na altura da saída de Sá Pinto, o Braga ocupava o décimo lugar da Liga, com 18 pontos. Atualmente, os bracarenses ocupam o terceiro posto, com 46.