“Sabemos para onde queremos ir”

Abel Ferreira comentou vitória em Setúbal
Foto: Divulgação / SC Braga

Declarações após o jogo em que o SC Braga venceu o Vitória de Setúbal, 1-0, em partida da 26.ª jornada da I Liga de futebol, disputada no Estádio do Bonfim, em Setúbal:

Abel Ferreira (treinador do SC Braga): “Correu-nos bem. Por exemplo com o Belenenses perdemos em casa e criámos mais oportunidade que hoje. Futebol resume-se à eficácia. Só duas equipas fizeram dois golos neste estádio.

A última derrota que tinham tido tinha sido connosco o ano passado. O adversário ia dar a vida por este jogo. Colocámo-nos nessa posição. Foi um jogo difícil. Para haver uma boa dança é preciso haver um bom par. O Vitória não atravessa uma boa fase, daí a ansiedade.

O Vitória criou-nos perigos em cruzamentos para as costas e no jogo direto. Foi uma vitória difícil da equipa mais eficaz. Defendemos bem e vamos para o terceiro jogo a somar pontos. Vamos ver até ao final quantos adversário vão passar aqui.

[Chamada à seleção portuguesa de Dyego Sousa] É uma das formas que o selecionador teve de reconhecer o trabalho que estamos a fazer. Estamos a saber lidar com a pressão positiva de jogar para ganhar. O Dyego usufrui de forma individual, mas é um prémio justo para a nossa equipa. Lutamos jogo a jogo até ao final.

[Oito jogos até à final] O nosso processo está bem assimilado e definindo. Alterámos a forma de jogar hoje. O nosso foco é o lance seguinte de um jogo. Não controlamos o trabalho dos outros, mas o nosso processo. Para o resultado aparecer temos de nos focar nisso.

A sociedade está demasiado facilitada para o que queremos. O caminho tem pedras, buracos e escorregas que nos ajudam a descer mais rápido. Desde o primeiro dia temos sido coerentes. Não altero o discurso em função da tristeza ou entusiasmo. Sabemos para onde queremos ir.

[Lesão de Raul Silva] Não tenho mais informação. Saiu com um problema no joelho, é muito cedo”

Sandro Mendes (treinador do Vitória de Setúbal): “Na minha opinião foi o melhor jogo do Vitória desde a minha chegada. Não jogámos contra uma equipa qualquer. Trata-se de um adversário que se assumiu como candidato ao título e nós em nada fomos inferiores. Conseguimos jogar por dentro e por fora e quisemos ganhar. Por querem-no muito, os jogadores precipitaram-me às vezes por isso.

Faltou-nos fazer o golo para ganhar. Quem joga assim está mais perto de ganhar. Obrigámos o Sporting de Braga a queimar tempo e isso é algo que não há muitas que o consigam fazer. A primeira parte foi equilibrada e, na segunda, fizemos um golo, mas estava fora de jogo. Não conseguimos concretizar as várias oportunidades que tivemos.

[Arbitragem?] Desde que cheguei nunca falei de arbitragem. Não me cabe a mim comentar.

Não existem vitórias morais, mas, a jogar assim, estamos muito mais perto de ganhar do que perder.

[Como motivar equipa que não vence há 15 jornadas?] A motivação é intrínseca. Os jogadores têm família, querem melhores contratos e é a isso que nos tempos de agarrar. É aí que temos de ir buscar a motivação. Dependemos de nós.”

 
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