O Presidente russo, Vladimir Putin, assegurou hoje ao seu homólogo sérvio, Aleksandar Vucic, numa conversa telefónica, que a Rússia continuará a fornecer gás à Sérvia ininterruptamente, anunciou o Kremlin (Presidência).
“Foi acordado, em particular, que a Rússia continuará a fornecer gás natural à Sérvia sem interrupções”, disse o Kremlin, citado pela agência russa TASS.
O atual acordo gás entre a Rússia e a Sérvia expira em 31 de maio.
Em Belgrado, Vucic disse que na conversa com Putin acordou um preço de gás extremamente favorável para a Sérvia, segundo a imprensa local.
“Acordámos em assinar um contrato de três anos, que é o primeiro elemento do contrato, e penso que se adequa muito bem ao lado sérvio”, disse Vucic, citado pelo jornal Danas.
Vucic disse que imediatamente após a conversa com Putin, enviou uma carta ao diretor da Gazprom, Alexei Miller, para que as duas partes possam discutir na segunda ou na terça-feira os detalhes do novo contrato.
O líder sérvio disse ainda que o acordo com Putin permitirá que o país tenha um “inverno seguro” quanto ao fornecimento de gás.
Na conversa telefónica, Putin e Vucic trocaram pontos de vista sobre uma série de questões internacionais, como a situação na Ucrânia e os desenvolvimentos no Kosovo, ainda segundo o Kremlin.
O país dos Balcãs, um aliado histórico da Rússia que não aderiu às sanções ocidentais contra Moscovo, depende quase inteiramente do gás russo, que recebe em parte a um preço privilegiado.
Vucic tinha dito, há uma semana, que iria falar com Putin sobre o novo acordo de fornecimento de gás e que a Sérvia iria tentar evitar alinhar-se com as sanções ocidentais contra a Rússia enquanto pudesse.
“O nosso dever é lutar pelo nosso país, mantermo-nos fiéis às decisões escritas pelo Conselho de Segurança Nacional, tanto quanto pudermos e enquanto pudermos”, justificou Vucic em 22 de maio.
Na sequência da guerra na Ucrânia, que iniciou em 24 de fevereiro, a Rússia foi alvo de sanções ocidentais e, em retaliação, cortou o fornecimento de gás e eletricidade a países como a Polónia e a Lituânia.