O Capitão-de-mar-e-guerra Rui Santos Amaral sucedeu hoje a Cruz Martins como Comandante da Zona Marítima do Norte para uma comissão de serviços que terá, disse à Lusa, uma duração mínima de três anos.
“Venho motivado para continuar o trabalho que tem sido feito quer pela Marinha quer pela Autoridade Marítima na Zona Norte, nomeadamente naquilo que concerne quer ao cumprimento da lei quer ao serviço que é prestado às populações ribeirinhas e costeiras”, disse Rui Santos Amaral, após tomar posse nas Instalações Navais da Boa Nova, em Leça da Palmeira, no concelho de Matosinhos.
A cerimónia foi presidida pelo Comandante Naval, vice-almirante Alberto Silvestre Correia, e contou com a presença do Diretor-geral da Autoridade Marítima e Comandante-geral da Polícia marítima, vice-almirante Luís Sousa Pereira, entre outras entidades.
“Quero reforçar os laços com as outras entidades que têm também competências na área de intervenção da Marinha e da Autoridade Marítima e fazer o meu melhor”, acrescentou o até agora diretor da Escola da Autoridade Marítima, em Lisboa.
Questionado se nas suas novas funções há espaço para deixar a sua marca, Rui Santos Amaral admitiu-o, mas sem se alongar: “há sempre espaço para um cunho próprio, muito embora as minhas funções estejam balizadas pela lei e por diversos normativos internos, mas cada pessoa é uma pessoa e o meu antecessor [capitão Cruz Martins] tinha umas características e eu tenho outras”.
“Verei com o passar do tempo se há alguma área onde poderei intervir de forma diferente daquilo que foi feito até agora”, observou o novo Comandante da Zona Marítima do Norte.
Das reuniões preparatórias da sua chegada ao Porto, Rui Santos Amaral classificou a “grande área de intervenção – que vai da Figueira da Foz até Caminha, na área Atlântica, e da Foz do rio Douro até Barca d’Alva -, como a maior dificuldade de gestão, dada a sua extensão e os recursos que o país pôs à disposição da Marinha e da Autoridade Marítima”.
“Emerge daqui a necessidade de uma gestão parcimoniosa dos recursos, identificando as prioridades”, vincou o marinheiro para um trabalho numa zona do país “onde a Marinha, a Autoridade Marítima e a Polícia Marítima são reconhecidas e acarinhadas pela população”.
Segundo a página da Marinha na internet, ao longo da sua carreira na Marinha, que teve início em 1985, o Capitão-de-mar-e-guerra Rui Santos Amaral desempenhou diversos cargos nacionais e internacionais, tendo sido comandante das corvetas António Enes e Afonso Cerqueira, Chefe do Estado-Maior da Zona Marítima dos Açores e mais recentemente Diretor da Escola de Autoridade Marítima, cargo que finalizou para comandar a Zona Marítima do Norte.
Quanto a Cruz Martins, acrescentou o seu sucessor, passa na quarta-feira à reserva.