Rui Rocha quer aumentar número de deputados da IL e ir sozinho a legislativas

“Caminho normal” seria integrar um Governo, mas só se for reformista
Rui rocha quer aumentar número de deputados da il e ir sozinho a legislativas
Foto: Lusa

O líder da IL, Rui Rocha, candidato à reeleição, quer que o partido se apresente sozinho nas próximas legislativas e aumente o número de deputados, assumindo que o “caminho normal” seria integrar um Governo, mas só se for reformista.

Em entrevista à agência Lusa no âmbito da IX Convenção Nacional da IL, que se realiza entre 01 e 02 de fevereiro em Loures, Rui Rocha recusou estabelecer qualquer meta para o partido nas próximas eleições legislativas, assumindo apenas o desígnio de crescer.

“Creio que a IL tem um grande potencial de crescimento e, portanto, não quero limitar esse crescimento. Quero dizer que vamos crescer, tenho a certeza que vamos crescer, e tenho a certeza que vamos influenciar a política do país”, afirmou Rui Rocha.

Questionado se tenciona aumentar o número de deputados nas próximas legislativas, Rui Rocha respondeu que “o objetivo é crescer, em todas as eleições”, e assumiu que o partido tem a ambição de integrar um governo.

“Isso parece-me um caminho normal para a IL. Agora, tal como até aqui, isso só acontecerá se for para mudar mesmo o país. Porque a IL é o único partido reformista, neste momento, no espetro político”, disse, recordando que, após as últimas legislativas, em março de 2024, o partido teve a oportunidade de integrar o governo, mas entendeu que “não estavam reunidas as condições para mudar a sério o país”.

Interrogado se admite integrar um executivo constituído por um PSD que tem equiparado ao PS e acusado de ter pouca ambição, Rui Rocha disse que é precisamente por isso que acha que a IL “deve apresentar-se mais uma vez sozinha, com os seus candidatos, as suas propostas, a sua visão do país”.

“Deve apresentar-se às urnas com essa bandeira de ser o único partido reformista do país e deve obter uma validação nas urnas desse caminho. E, depois dessa validação das urnas, então sim, estarão criadas as condições para influenciarmos definitivamente o país”, afirmou.

Questionado se acha que uma IL mais forte conseguiria mudar o rumo do atual Governo, Rui Rocha respondeu: “É esse o nosso projeto”.

Entre as prioridades para um próximo mandato de dois anos na liderança da IL, caso seja reeleito, Rui Rocha indicou como prioridade a reforma do Estado, e avançará com uma proposta para um corte de 50 mil funcionários públicos.

Rui Rocha defendeu que, durante o seu mandato, a IL conseguiu “alargar muito o espetro de políticas” que apresentou ao país, com propostas na saúde, educação ou sistema eleitoral, mas reconheceu que houve “projetos que ficaram para trás”, o que atribuiu ao facto de ter havido cinco eleições nos últimos dois anos.

Entre os temas que indicou merecerem especial atenção da IL atualmente, Rui Rocha destacou “a segurança, defesa e imigração”, mas recusou que esse foco sirva para disputar eleitorado do Chega, considerando que essa afirmação “não faz sentido nenhum”.

“A IL é um partido muito diferente, tem um vinco ideológico próprio, não há nenhum tipo de disputa do eleitorado. Não é por isso que nós estamos a falar disto, é porque é uma preocupação dos portugueses, e faz sentido que seja: a segurança é essencial”, disse.

Interrogado se se pode esperar uma IL mais securitária nos próximos tempos, caso venha a ser reeleito líder, Rui Rocha respondeu: “Não, não se trata disso”.

“A IL é o partido da liberdade, da liberdade económica. O crescimento económico, para nós, é absolutamente fundamental. (…) Mas, para nós, [a segurança] é uma questão que merece tratamento porque segurança também é liberdade, também é crescimento económico. Se o país vir os seus indicadores de segurança a degradar, a economia também sofre”, disse.

 
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