O presidente e recandidato à liderança do PSD, Rui Rio, disse, esta sexta-feira, que o primeiro-ministro, António Costa, compreendeu “todas as críticas que lhe foram feitas” sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), cuja gestão pelo PS “foi catastrófica”.
“Pareceu que o primeiro-ministro compreendeu todas as críticas que ao longo do tempo lhe foram feitas e que, realmente, o SNS gerido pelo Partido Socialista de 2016 a esta parte foi catastrófica”, afirmou Rui Rio, a propósito da mensagem de Natal do primeiro-ministro.
Em Viseu, à entrada de uma sessão de esclarecimento com os militantes do distrito, e quando questionado pelos jornalistas sobre a mensagem, o líder do PSD declarou que aquela “significa que (António Costa) tem noção de que fez mal”.
“Agora promete fazer melhor, está no seu papel. Resta saber se depois de tanta coisa mal consegue emendar o suficiente para voltarmos a ter um SNS que funcione, no mínimo, razoavelmente, já não digo bem”, rematou.
O primeiro-ministro, António Costa, endereçou na noite de quarta-feira aos portugueses uma mensagem de Natal, e, no seu discurso de cerca de cinco minutos, destacou como prioritário para Portugal a saúde, sublinhando uma mensagem de “confiança e de compromisso de mais saúde”, com mais autonomia para os hospitais, alargando o número de médicos de família e um reforço de verbas no setor no Orçamento do Estado para 2020.
António Costa dedicou a sua habitual mensagem nesta quadra ao “compromisso” do Governo de reforçar orçamentalmente a capacidade de resposta do SNS, prometendo atacar a sua “crónica suborçamentação” e eliminar faseadamente taxas moderadoras.
Ao contrário do habitual, esta mensagem de Natal de António Costa não foi gravada na residência oficial do primeiro-ministro, mas, antes, na Unidade de Saúde Familiar do Areeiro, em Lisboa, que entrou em funcionamento no passado dia 16.
As eleições diretas do PSD realizam-se em 11 de janeiro. São candidatos à liderança o atual presidente do PSD, Rui Rio, o antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro e o atual vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.