O município de Caminha completou a sua toponímia com a atribuição de 64 nomes a caminhos, ruas, largos, e praças de Argela, uma aldeia com mais de 758 anos de existência, disse esta sexta-feira o presidente da Câmara local.
Miguel Alves lamentou o facto de, até agora, “em pleno século XXI Argela não constar do mapa toponímico nacional”.
O processo de atribuição de toponímia àquela aldeia do concelho de Caminha foi iniciado em 2015 e ficou concluído este mês.
“A conclusão do processo vem colmatar vários problemas. Por um lado, satisfaz a vontade generalizada da população e, por outro, resolve as dificuldades relacionadas com a entrega de correspondência, a assistência médica local, a qualidade do serviço comercial de entrega de encomendas e mercadorias, o transporte de táxi, a valorização turística da localidade ou outras situações do quotidiano”, explicou.
Situada no vale do Coura, Argela é uma freguesia com 10,8 quilómetros quadrados de área e com 393 habitantes, segundo dados do Censos de 2011.
De acordo com o portal das Freguesias, as inquirições de 1258 já dão conta da existência de Argela como Freguesia.
Iniciado em 2015, o processo de atribuição de toponímia àquela freguesia foi concluído este mês, com a assinatura, pelo presidente da Câmara, do edital com a aprovação de 64 nomes de caminhos, ruas, largos e praças.
“Os argelenses veem assim concretizado um anseio antigo”, afirmou Miguel Alves, enaltecendo o “contributo essencial da Comissão de Cidadãos de Argela na definição da toponímia da freguesia, fazendo justiça à população e à sua história”.
Com exemplo, o autarca apontou a rua da Santa Marinha, “assim designada por ser a maior da freguesia, por ligar a vários lugares, e em honra da padroeira da aldeia, Santa Marinha”.
A Quelha dos Amores “ foi por ser muito estreita e por, antigamente ser o local escolhidos por muitos casais para namorar discretamente. O caminho da Páscoa era, em tempos, apenas utilizado no dia de Páscoa para a passagem do compasso pascal, a rua da Veiga foi por estar próxima de um conjunto de terrenos agrícolas denominados veiga”, explicou Miguel Alves.
O processo de atribuição da toponímia a Argela, iniciado em 2013, começou com a constituição, com o apoio da Junta de Freguesia, de uma comissão de cidadãos que, “de forma dedicada e independente, prestou um serviço cívico de grande qualidade na formulação de uma proposta de atribuição toponímica à freguesia, e que foi sujeita a consulta e discussão pública”.
Após aquela consulta, os nomes selecionados foram apresentadas à Junta de Freguesia, que deu parecer favorável, e posteriormente submetidos à aprovação do presidente da Câmara Municipal, que acabou por dar aval às propostas da população.
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