A Roche apresentou esta quarta-feira testes de PCR para detetar o vírus da varíola dos macacos. A empresa farmacêutica suíça e a sua subsidiária TIB Molbiol desenvolveram três kits diferentes.
O primeiro deteta o vírus no grupo mais amplo de ortopoxvírus. O segundo kit é capaz de detetar apenas os vírus da varíola-dos-macacos, enquanto o último deteta os dois simultaneamente.
“A Roche desenvolveu muito rapidamente um novo conjunto de testes que detetam o vírus da varíola-dos-macacos e ajudam a acompanhar a sua disseminação epidemiológica”, disse o chefe de diagnóstico Thomas Schinecker.
“As ferramentas de diagnóstico são cruciais para responder e controlar os desafios emergentes de saúde pública à medida que avançam nas medidas de resposta, como esforços de rastreamento e estratégias de tratamento”, acrescentou.
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal já confirmou 49 casos do Monkeypox, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve.
A DGS continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias.
A vacina contra a varíola, assim como antivirais e a imunoglobulina ‘vaccinia’ (VIG), podem ser usados como prevenção e tratamento para a Monkeypox, uma doença rara.
Fora da Europa, o vírus já foi detetado nomeadamente nos Estados Unidos, Israel, Canadá e Austrália.
A doença, que tem o nome do vírus, foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, depois de o vírus ter sido detetado em 1958 no seguimento de dois surtos de uma doença semelhante à varíola que ocorreram em colónias de macacos mantidos em cativeiro para investigação – daí o nome “Monkeypox” (“monkey” significa macaco e “pox” varíola).