O Hospital de Braga realizou, na manhã desta quarta-feira, as primeiras operações com recurso a um robô cirúrgico.
A Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga, a que pertence o hospital, considera que se trata de uma “nova era da cirurgia” e “um marco significativo no processo de modernização e inovação tecnológica dos cuidados de saúde prestados à população da região”.
As primeiras cirurgias, que decorreram com a assistência do recém-adquirido sistema robótico DaVinci, foram duas prostatectomias radicais assistidas por robô, focadas no tratamento de homens com cancro da próstata.

O sistema robótico DaVinci, “o mais avançado da atualidade”, é composto por quatro braços giratórios e elevatórios e pinças de alta precisão e flexibilidade, e permite uma abordagem cirúrgica segura e minimamente invasiva”, explica a ULS em comunicado.
Controlado por um cirurgião através de movimentos manuais e pedais, o robô proporciona uma visualização detalhada do campo operatório, garantindo uma precisão cirúrgica sem precedentes.
“Este avanço tecnológico facilita a preservação da continência urinária e da função erétil em doentes submetidos a prostatectomia radical, aspetos cruciais para a qualidade de vida dos pacientes após a cirurgia. A aquisição deste robô cirúrgico e a realização destas cirurgias são o culminar de um esforço de quatro anospara a aquisição do Sistema Robótico mais avançado do Mundo pela ULS de Braga”, afirma Emanuel Carvalho Dias, médico urologista da ULS Braga, responsável pela primeira cirurgia robótica.

O médico reitera que “a ULS Braga tem sido pioneira na cirurgia laparoscópica Urológica em Portugal e, com este novo passo, elevamos o padrão dos cuidados cirúrgicos que proporcionamos aos nossos utentes. Este marco foi possível graças ao esforço coletivo de toda uma equipa, incluindo gestores, cirurgiões, anestesistas e enfermeiros”.
A chegada do robô cirúrgico insere-se numa “estratégia mais ampla de atualização das infraestruturas tecnológicas da ULS Braga”, que recentemente investiu em dois angiógrafos, duas ressonâncias magnéticas e uma TAC, num investimento global de nove milhões de euros financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Este notável desenvolvimento não só reforça o compromisso da ULS Braga com a inovação e a excelência médica, mas também estabelece a região como um referencial na vanguarda da tecnologia cirúrgica global, prometendo revolucionar os procedimentos médicos oferecidos, resultando em intervenções menos invasivas, recuperações mais rápidas e mais eficazes para os utentes”, conclui o comunicado.