O rio Pelhe, que nasce em Famalicão e desagua no mesmo concelho, no rio Ave, apresentava uma cor avermelhada, no passado sábado, fruto de eventuais descargas poluentes no leito, denunciou o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN).
Através da concelhia de Famalicão, foi ainda efetuada uma denúncia ao serviço de proteção da natureza e do ambiente da GNR (SEPNA), que se deslocou ao local para levantar auto da ocorrência.
Em comunicado, aquele partido aponta “descargas ilegais” que remontam, pelo menos “a setembro de 2019”, com as mesmas a ocorrerem em dias e horas distintos ao longo dos últimos meses, nas freguesias de Esmeriz e Calendário e nos lugares de São Marçal e Barrimau.
“Foi possível verificar a existência de indícios de descargas de águas residuais para o rio Pelhe, não tendo sido possível identificar de forma cabal o autor de tais descargas””, lê-se no comunicado do PAN.
O partido diz não entender a “inércia das entidades locais perante estas situações e consequente falta de medidas estruturantes que visem a recuperação e a proteção deste rio famalicense”, lamentando não obter resposta das entidades locais.
No entanto, a autarquia de Famalicão já referiu que a proteção do rio Pelhe e consequente atuação cabe à Agência Portuguesa do Ambiente e ao SEPNA, de forma a fazer cumprir “disposições legais e regulamentares referentes a recursos hídricos, previstas na legislação ambiental, bem como investigar e reprimir os respetivos ilícitos”.