O presidente do PSD afirmou hoje que, até ao Congresso, é responsável por todos os órgãos nacionais do partido, incluindo a bancada, e não quer “alterar nada”, mas a partir daí não se irá “meter onde não é chamado”.
Depois de se ter encontrado hoje à tarde com o líder eleito, Luís Montenegro, e de este se ter reunido, em seguida, com o presidente da bancada, Paulo Mota Pinto, Rui Rio foi questionado pelos jornalistas no parlamento se uma eventual alteração na direção do grupo parlamentar tinha sido um dos temas.
“Alterações nos órgãos do partido, eu sou responsável até ao dia 1 ou 2 de julho e não quero alterar nada. A partir desse dia não é nada comigo, portanto não é conversável comigo”, afirmou Rui Rio, em declarações aos jornalistas no parlamento.
Instado a concretizar se até ao Congresso, que se realiza entre 01 e 03 de julho, não haverá então alterações na direção do grupo parlamentar, reiterou: “Seja na bancada, seja no que for. Mal fora se ia induzir essas alterações a semanas de me ir embora”.
Já à pergunta se compreende que Luís Montenegro possa querer trabalhar com outro líder parlamentar — tal como Rui Rio fez com Hugo Soares, em 2018 — o ainda presidente do PSD escusou-se a fazer um comentário.
“Não vou comentar, não é da minha lavra, não me vou meter nisso, seria de muito mau tom agora que estou de saída estar a meter-me no que não sou chamado”, disse.
Paulo Mota Pinto escusou-se a responder aos jornalistas, dizendo apenas: “Comigo não”.