Braga
Ricardo Rio mostra detalhes do custo do Estádio Municipal de Braga. Fatura já passa os 180 milhões
Presidente da Câmara vai apresentar ficheiro informático
em
Por
Luís Moreira
O presidente da Câmara de Braga apresenta, esta segunda-feira, à vereação as contas do custo do estádio, construído para o Euro 2004, as quais apontam para que, no final, atinjam os 180 milhões de euros.
Ao que O MINHO soube, o autarca vai disponibilizar um ficheiro informático com os detalhes dos pagamentos já feitos e com os que ainda falta pagar.
O pedido de especificação das faturas foi feito há alguns meses pelo vereador da CDU, Carlos Almeida.
O tema deve tornar-se o assunto principal da reunião de Câmara desta semana, sendo previsível que Rio invoque o elevado custo da obra para os cofres municipais. Já o PS, liderado pelo vereador Artur Feio, tem contestado os números avançados pela maioria PSD/CDS, dizendo que estão empolados com o propósito de “denegrir” a anterior gestão do socialista Mesquita Machado.
Embora O MINHO desconheça os detealhes do ficheiro, sabe-se que, em 2015, o Tribunal de Contas informou o Tribunal Administrativo de que o custo já era de 155 milhões.
Desde então, o Município continuou a pagar prestações de empréstimos bancários e enfrentou uma decisão judicial, já paga, de quatro milhões, por obras a mais no estádio.
Assim sendo, a verba de 180 milhões terá já sido atingida, sendo previsível que – conforme O MINHO noticiou – possa subir para 195 milhões de euros.
Duas sentenças mais
Isto porque a empresa Soares da Costa/ASSOC (Soares da Costa, Grupo Rodrigues e Névoa, Casais, DST, ABB e duas empresas que ficaram insolventes – Eusébios e J. Gomes) enviou um ofício à autarquia pedindo a abertura de negociações para se chegar ao valor a pagar ao consórcio que o construiu, de acordo com uma sentença condenatória do Tribunal Administrativo Central do Norte. Os técnicos prevêem que possa ser de dez milhões.
O Município havia feito um pedido de aclaração de sentença, mas este foi rejeitado pelo que a ação entra em execução. Em julho, aquele Tribunal, do Porto, voltou a sentenciar a Câmara de Braga a pagar, “por horas extraordinárias” na obra, uma quantia não-determinada (mais 13 anos de juros) ao consórcio.
Para além desta verba, a Câmara pode ter de pagar mais quatro milhões ao arquiteto Souto Moura, na sequência de uma sentença do Tribunal local, que se encontra em recurso no do Porto. Tem, ainda, de fazer um acerto de contas – que deve somar mais um milhão – resultante de uma primeira sentença, “por custos de estaleiro”, em que se viu obrigada a pagar outros quatro milhões à ASSOC, o que já está a fazer. Ou seja, faltará pagar 15 milhões de sentenças judiciais.
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Braga
Concelho de Braga com 440 novos casos em três dias. Há 1.827 ativos
Dados locais
Por
Luís Moreira
O concelho de Braga regista 440 novos casos de covid-19 nos últimos três dias.
Casos ativos são atualmente 1.827, menos 50 do que os registados na sexta-feira.
Estes números foram apurados por O MINHO junto de fonte local da saúde e atualizados às 18:00 desta segunda-feira.
Desde o início da pandemia foram registados 13.353 casos no concelho.
O número de óbitos subiu para os 168, mais três desde sexta-feira.
Há ainda um total de 11.358 recuperados, mais 507 nos últimos três dias.
Há 1.676 pessoas em vigilância ativa.

Os Bombeiros Sapadores de Braga apagaram esta tarde, pelas 18:15, um incêndio que deflagrou numa viatura junto ao apeadeiro de Ferreiros, em Braga. O carro ficou totalmente destruído. Suspeita-se de que terá havido um curto-circuito na bateria.
No veículo, ia um casal de cidadãos brasileiros, com um filho, os quais tiveram tempo para o abandonar, não tendo sofrido quaisquer ferimentos.
No local, uma equipa de seis operacionais usou um “espumífero de média expansão” para extinguir o fogo, o que foi conseguido em poucos minutos.
Braga
André Ventura demarca-se de simpatizantes que hostilizaram jornalistas em Braga
Eleições presidenciais

O candidato presidencial do Chega demarcou-se hoje dos vários apoiantes que na véspera insultaram, tentaram intimidar e até vandalizaram uma viatura da comunicação social, num jantar/comício que reuniu cerca de 170 pessoas em tempo de confinamento.
“É importante que fique claro o seguinte: todos os atos de ameaça, insultos ou ofensas são condenáveis, tal como são a mim, como têm notado pelo país todo – ofensas lamentáveis, baixas e vis. O mesmo critério que aplico a mim aplico a vocês, que estão a fazer o vosso trabalho. Todos os ataques, insultos ou ameaças são condenáveis”, limitou-se a dizer, sem querer responder a mais perguntas, após um almoço/comício com 50 pessoas em Viana do Castelo.
Domingo à noite, militantes e apoiantes do Chega e do candidato presidencial hostilizaram os jornalistas e repórteres de imagem durante o repasto coletivo, após ter sido noticiada a grande aglomeração em tempo de “dever de recolhimento domciiliário” devido à pandemia de covid-19.
Na altura, em nenhum momento do seu discurso, em Braga, o deputado único do Chega e candidato a chefe de Estado se demarcou daqueles apoiantes, que “brindaram” os repórteres com um cântico: “Pouco importa, pouco importa/se eles falam bem ou mal/queremos o André Ventura/Presidente de Portugal”, entre gestos típicos de claque de “ultras“ de futebol e até uma ou outra saudação nazi.
Apoiante de Ventura faz saudação nazi em jantar com 170 pessoas em Braga
Na sua breve intervenção, a anteceder o líder do partido da extrema-direita parlamentar, o diretor de campanha e mandatário nacional, além de membro da direção nacional do Chega, Rui Paulo Sousa, afirmou que os “inimigos, adversários estão lá fora, mas alguns estão cá dentro”, motivando mais gestos ameaçadores dos convivas mais animados.
A distrital de Braga do Chega inclui concelhias como Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Barcelos, Fafe, Vizela, entre outras.
Já depois da debandada geral, alguns apoiantes de Ventura foram filmar e fotografar os jornalistas a trabalharem na sala que fora reservada para a comunicação social.
A noite terminou com o estrago de um limpa para-brisas traseiro da viatura caracterizada com o símbolo do Grupo RTP, mas que está ao serviço da rádio Antena1, um dos canais da emissora pública que acompanha a campanha eleitoral de André Ventura.
Hoje, durante o almoço/comício, cujos discursos anunciados sofreram um atraso de duas horas e meia, embora com a garantia de disponibilidade do candidato para responder a perguntas dos jornalistas em seguida, a assessoria de imprensa deu indicações contraditórias.
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Primeiro, a posição era de que o partido não iria pronunciar-se sobre o ambiente e altercações da véspera em qualquer das quatro ações de campanha do dia, em seguida veio a justificação de que Ventura não responderia a perguntas porque já estava muito atrasado para o destino seguinte.
Finalmente, à saída do restaurante vianense em frente à praia do Coral, e abordado insistentemente pelos repórteres, o presidente da recém-formada força política demarcou-se do comportamento de alguns dos seus simpatizantes.
As eleições presidenciais realizam-se em plena epidemia de covid-19 em Portugal em 24 de janeiro, a 10.ª vez que os cidadãos portugueses escolhem o chefe de Estado em democracia, desde 1976. A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro.
Há outros seis candidatos: o incumbente Marcelo (apoiado oficialmente por PSD e CDS-PP), a diplomata e ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre), o eurodeputado e dirigente comunista, João Ferreira (PCP e “Os Verdes”), a eurodeputada e dirigente do BE, Marisa Matias, o fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan e o calceteiro e ex-autarca socialista Vitorino Silva (“Tino de Rans”, presidente do RIR – Reagir, Incluir, Reciclar).
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