O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, revelou que não reconhece qualquer “credibilidade” aos protagonistas locais do partido Chega, embora admita que, a nível nacional, a extrema direita parlamentar possa ter uma palavra a dizer para a formação de um Governo de centro-direita.
O autarca, e candidato pela coligação PSD/CDS/PPM/Aliança, afirmou, durante a participação no “Irrevogável” – programa de entrevistas da revista VISÃO -, que o Chega “nem é um partido, nem a nível nacional nem local, que os seus protagonistas mereçam qualquer tipo de credibilidade para poderem ser envolvidos no projeto que eu represento”.
“Tenho de valorizar a intervenção na sociedade de quem possa enriquecer os projetos. E neste caso, ao nível do que são os protagonistas locais do Chega, não lhes revejo nenhuma capacidade de poderem aportar esses mesmos contributos. Nunca o tiveram até hoje”, afirmou.
No entanto, o panorama pode mudar a nível nacional, com o edil a admitir que “a questão tem de ser analisada localmente”.
“Até admito que em determinados contextos territoriais pessoas que estejam nessas forças políticas possam, eventualmente, ser bem-vindas”, justifica.
Ricardo Rio admite que “criar uma maioria parlamentar no contexto nacional, como aconteceu nos Açores, será mais ou menos incontornável”, dada a ‘força’ que o Chega tem ganho nas urnas.
No entanto, Ricardo Rio não daria ao Chega “responsabilidades governativas, ao contrário do que é a pretensão do seu líder”, admitindo apenas acordos para “uma governação sustentada”.