O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, afirmou hoje que a cidade “será sempre uma capital de cultura”, apesar de ter perdido a corrida para ser a Capital Europeia da Cultura (CEC) em 2027.
Em declarações à Lusa, Ricardo Rio deixou ainda um “elogio veemente” à decisão, hoje anunciada pelo ministro da Cultura, da criação da Capital Portuguesa da Cultura, título que nos próximos três anos será atribuído às cidades finalistas na candidatura a CEC, designadamente Braga, Aveiro e Ponta Delgada.
“Braga vai ser sempre uma capital de cultura, já que a nossa estratégia cultural não dependia da eleição como CEC. Com menos recursos, certamente, vamos seguir o nosso percurso, de acordo com a estratégia delineada”, referiu.
Em relação à CEC 2027, o autarca de Braga disse que as quatro cidades finalistas apresentaram “excelentes candidaturas”, felicitou Évora pela eleição e desejou-lhe “os maiores sucessos”.
A presidente do júri anunciou hoje, no Centro Cultural de Belém, que Évora será a cidade portuguesa Capital Europeia da Cultura em 2027.
A cidade hoje escolhida vai ser Capital Europeia da Cultura juntamente com a já selecionada Liepaja, na Letónia, e terá uma dotação financeira de 29 milhões de euros oriundos de fundos nacionais e europeus, como foi revelado em outubro pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
Hoje, o ministro anunciou a criação, já em 2024, da Capital Portuguesa da Cultura, adiantando que nos próximos três anos o título será assumido, à vez, por Braga, Aveiro e Ponta Delgada, embora a ordem ainda não esteja definida.
Para cada Capital Portuguesa da Cultura, será disponibilizada uma dotação financeira de dois milhões de euros.
A partir de 2028, esta capital será eleita por concurso.
“Deixo um elogio veemente a esta decisão do Governo”, disse o presidente da Câmara de Braga, sublinhando que esta foi uma proposta que os quatro finalistas tinham feito ao ministro da Cultura.