Bruno Fernandes e Ricardo Horta confirmaram hoje a primeira qualificação perfeita de Portugal, para o Euro2024 de futebol, com um triunfo por 2-0 sobre a Islândia, num encontro em que a seleção lusa cumpriu, mas ficou longe de deslumbrar.
No Estádio José Alvalade, em Lisboa, na despedida do Grupo J, Bruno Fernandes, aos 37 minutos, e Ricardo Horta, aos 66, fizeram os golos da equipa de Roberto Martínez, que chegou aos 30 pontos, o máximo possível, vencendo todos os 10 jogos que disputou nesta fase de apuramento.
Mesmo sem realizar uma exibição brilhante, longe disso, Portugal fez o suficiente para bater uma frágil Islândia, que está a ‘milhas’ do poderio que apresentou, por exemplo, na fase final do Euro2016, e cumpriu o principal objetivo, que era a qualificação perfeita.
Ronaldo terminou esta fase com 10 golos, mas a figura desta qualificação foi claramente Bruno Fernandes, com o médio a participar em todos os 10 jogos, somando seis golos e oito assistências, além de ser o ‘dono’ do meio campo nacional.
Como já tinha acontecido no Liechtenstein (2-0), a seleção nacional empregou pouca intensidade e velocidade na partida, e, desta vez, mostrou uma ‘obsessão’ excessiva por Cristiano Ronaldo, que estava na corrida pelo título de melhor marcador desta fase.
Ficou claro que existiu um plano para tentar ‘alimentar’ o capitão da seleção lusa a todo custo, acabando a equipa, muitas vezes, por tomar as decisões menos acertadas nas jogadas ofensivas.
Durante os 90 minutos, sucederam vários lances em que os jogadores tinham todas as condições para alvejar a baliza ou uma boa linha de passe para um colega, mas a ‘obrigação’ de meter a bola em Ronaldo ‘falava’ sempre mais alto.
Não só o avançado de 38 anos ficou em ‘branco’, como Portugal falhou a oportunidade de construir um resultado bem mais expressivo com a tal ‘obsessão’ em assistir Ronaldo.
O capitão foi um dos ‘sobreviventes’ do ‘onze’ de Roberto Martínez, que fez seis alterações em relação ao jogo em Vaduz e estreou João Mário como titular.
Nos primeiros instantes, a Islândia ainda equilibrou a partida, mas, a partir dos 15 minutos, Portugal remeteu os nórdicos à sua defensiva, somando oportunidades para marcar.
Já depois de Otávio ter acertado na barra e Gonçalo Inácio ter ficado perto de cabeça, em lances com dois jogadores que também regressaram ao ‘onze’ de Portugal, Bruno Fernandes abriu a contagem com um remate cruzado à entrada da área, levando Portugal em vantagem para os balneários.
No arranque da segunda parte, Ronaldo ainda obrigou Valdimarsson a boa defesa, na única oportunidade de golo que teve em toda a partida, mas foi Ricardo Horta a aumentar a diferença.
Pouco depois de ter rendido Bernardo Silva, o avançado do Sporting de Braga aproveitou da melhor forma uma defesa incompleta do guardião islandês para atirar com sucesso para as redes, num lance a ‘meias’ com Ronaldo.
Até final, Portugal foi gerindo a vantagem, sempre sem imprimir grande intensidade, e nos descontos ficou mesmo perto de sofrer o terceiro golo da qualificação, mas primeiro Diogo Costa e depois o poste impediram o tento da Islândia.