A população da ribeira de Viana do Castelo continua a cumprir, na quinta-feira santa, a tradição pascal de confecionar para o jantar peixe frito com arroz e rabanadas para sobremesa, antes da visita secular às capelas e igrejas da cidade.
“Na minha casa faço questão de manter a tradição que aprendi com a minha mãe. Tenho duas filhas e elas também estão a dar continuidade”, afirmou hoje Fernanda Pataca Reis.
Filha e mulher de pescador, Fernanda de 78 anos, não sabe a origem daquele costume mas lembra-se “em pequena, que em todas as casas da ribeira se fritava o peixe e as rabanadas para o jantar”.
Entre as mulheres mais antigas da ribeira, a quinta-feira Santa era o dia dedicado “aos fritos” e em todas as mesas, o prato de jantar era igual, peixe frito com arroz e salada e rabanadas à sobremesa. O peixe é sempre frito, já o arroz há quem o faça simples, com ervilhas ou feijão.
“Quando eu era pequena todas as casas da ribeira tinham o mesmo jantar na quinta-feira Santa. Hoje, se calhar só nas famílias mais antigas”, afirmou Fernanda.
Elisabete Nogueira, de 87 anos, deixou há uns anos de cumprir a tradição “porque a saúde já não permite” mas não esqueceu a “festa” que viveu na ribeira “nos tempos da meninice”.
“O meu pai era pescador e na quinta-feira Santa ia ao mar buscar peixe para a minha mãe fritar para o jantar. As rabanadas também não podiam faltar. Era uma festa”, afirmou a octogenária.
Após o jantar manda a tradição da Páscoa, em Viana do Castelo, que se visitem os templos da cidade. As 21 igrejas e capelas de Viana do Castelo abrem portas, engalanadas de flores, para as seculares visitas da Páscoa por milhares de pessoas.
Manda também a tradição que a visita seja em número ímpar de templos, uma vez que os principais quadros religiosos alusivos à Páscoa também são compostos por números ímpares, como as três quedas de Cristo a caminho do Calvário e as cinco chagas.
Entre os 21 templos abertos nessa noite, contam-se as capelas do Museu Municipal, da Nossa Senhora da Conceição da Rocha e das Malheiras, mas também a Capela da Casa da Carreira, construída no início do século XVIII e propriedade da câmara, sendo esta a única altura do ano em que pode ser visitada.
Também a capela do navio Gil Eannes faz parte do “roteiro” e uma das mais visitadas. Abrem ainda portas nesta noite a Sé Catedral e a Capela das Almas, que foi a primeira Matriz de Viana do Castelo e que coloca a presença cristã na localidade no século nove.
Engalanados de flores, entre os 21 templos abertos na quinta-feira, à noite, contam-se as capelas do Museu Municipal, da Nossa Senhora da Conceição da Rocha e das Malheiras, mas também a Capela da Casa da Carreira, construída no início do século XVIII e propriedade da câmara, sendo esta a única altura do ano em que pode ser visitada.
Já a capela do Gil Eannes, que foi nos últimos dez anos uma das mais visitadas deste “roteiro”, ficará em 2013 de fora, devido às obras que o antigo navio-hospital está a receber e aos arranjos exteriores da doca da cidade.
Entre as que abrem portas nesta noite contam-se ainda a Sé Catedral e a Capela das Almas, que foi a primeira Matriz de Viana do Castelo e que coloca a presença cristã na localidade no século nove. Manda a tradição que a visita seja em número ímpar de templos, uma vez que os principais quadros religiosos alusivos à Páscoa também são compostos por números ímpares, como as três quedas de Cristo a caminho do Calvário e as cinco chagas.