Um cão de raça Pastor-alemão que foi resgatado, em agosto, do cimo de uma rocha no mar na praia do Lumiar, para onde se tinha deslocado em circunstâncias desconhecidas, passa a partir de hoje a pertencer às Forças Armadas portuguesas, nomeadamento ao núcleo cinotécnico do Corpo de Fuzileiros da Marinha, a convite do Almirante Gouveia e Melo.
No passado dia 29 de agosto, conforme noticiou O MINHO, o agora batizado de “Rex do Lumiar” foi resgatado por nadadores-salvadores e agentes da Polícia Marítima depois de se ter isolado numa rocha, no mar da praia do Lumiar, em Viana do Castelo,
Um popular que se encontrava no local deu o alerta a informar que se encontrava um cão isolado numa rocha na água, junto à praia do Lumiar.
Os elementos da Polícia Marítima, com o apoio dos nadadores-salvadores e de um elemento do Programa “Praia Segura”, efetuaram o resgate do cão para terra, onde se constatou que o animal se encontrava bem fisicamente e bem nutrido, não apresentando sinais de maus tratos.
O cão não apresentava identificação na coleira ou chip, tendo os elementos da Polícia Marítima iniciado diligências junto do canil intermunicipal de Viana do Castelo para entregar o cão, que foi posteriormente entregue à associação “Resgate Adoção Viana”.
Participaram no resgate elementos do Comando-local da Polícia Marítima de Viana do Castelo e do Programa “Praia Segura”, em conjunto com elementos da Associação de Nadadores-salvadores “Coordenada Decimal”.
Porque envolveu os serviços da Marinha, tutelada pelo almirante Gouveia e Melo, “Rex do Lumiar” caiu no goto daquele responsável, que iniciou contactos com a associação Resgate Adoção Viana (RAV) de foram a incorporar o canídeo no corpo de Fuzileiros.
Diamantino Barros, presidente da RAV, foi conclusivo: “O almirante apaixonou-se pelo Rex do Lumiar, contactou-nos e perguntou-me se o cão teria aptidão para treino, ao que eu respondi que sim, que o Rex é excelente, então ele enviou dois militares para o virem buscar”.
Esta manhã, o cabo Miguel e o cabo Morais deslocaram-se em veículo das Forças Armadas até à sede da RAV onde travaram amizade com Rex para depois seguirem viagem até Lisboa, rumo ao corpo de Fuzileiros, onde fará parte da equipa tática.
A história de Rex “é esquisita”, concorda o responsável da associação, uma vez que não há justificação lógica para que o mesmo fosse encontrado no cimo de um penedo no meio do mar.
Segundo a Marinha, o núcleo de cinotecnia do Corpo de Fuzileiros contacta anualmente com diversas instituições militares e civis, no âmbito de Missões de Busca e Deteção de Estupefacientes e de Busca e Deteção de Explosivos, bem como em ações de divulgação e de demonstrações cinotécnicas.
Notícia atualizada às 20h43 com a substituição da palavra “Exército” por “Forças Armadas”.