As reservas no Porto para a Passagem de Ano estão entre os 25% e 30%, mas há hotéis no Norte com ocupação de 95% fora dos centros urbanos, porque os clientes preferem espaços mais pequenos e longe dos aglomerados.
Dados da entidade regional Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), com base no ‘feedback’ dos seus associados, mostram que os números da ocupação hoteleira para o réveillon também são “muito díspares” ente os seus quatro subdestinos.
No Porto, por um lado, as taxas situam-se entre os 25% e os 30%, no entanto, melhor do que em 2020, onde o registo ficou nos 15%.
Já no Minho, no FeelViana Sport Hotel, instalado no pinhal da praia do Cabedelo, em Viana do Castelo, o programa de animação para a passagem do ano regista uma taxa de ocupação de 80% nos 55 quartos de que dispõe.
Segundo a diretora comercial, Sofia Pereira, os hóspedes, portugueses e estrangeiros, mantêm a confiança num turismo não massificado que Viana do Castelo proporciona e na oferta do hotel muito ligada à natureza e distanciamento social.
Em Arcos de Valdevez, o Ribeira Collection Hotel, com 36 quartos, apresenta mesmo uma taxa de ocupação de 100% e, até à última quinta-feira, registou apenas um cancelamento de reserva para a ceia da passagem do ano.
Em Braga, dos quatro hotéis no Bom Jesus apenas dois estão em funcionamento e com reservas para 30% da capacidade, em contraste com a taxa de ocupação superior a 90% registada em 2019, segundo adiantou o vice-presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, que gere as unidades hoteleiras.
Varico Pereira salientou que após o anúncio da obrigatoriedade de teste negativo feito pelo Governo “foram muitos os pedidos de cancelamentos de reservas” para a noite de Ano Novo.
O impacto das medidas de contenção da pandemia também se fazem sentir no alojamento local na zona do Gerês.
“Tivemos alguma procura, muitas dúvidas por parte de quem queria vir para aqui. Curiosamente, as reservas foram feitas mais cedo do que nos anos pré-pandemia”, disse à Lusa Luísa Castanho, que gere quatro casas de alojamento local em Terras de Bouro.
Segundo explicou, “as casas com mais procura são aquelas que dão para pequenos grupos, entre 10 a 15 pessoas”.