Cinco retratos de abades gerais foram devolvidos, recentemente, à Sala do Capítulo Geral do Mosteiro de Tibães, em Braga. Este ‘retorno’ surge após o encerramento dos equipamentos culturais ao público, face à evolução da situação pandémica no país.
Em comunicado, a Direção Regional de Cultura do Norte explica que a equipa do Mosteiro de São Martinho de Tibães continuou o seu “trabalho de proteção e valorização patrimonial, realizando algumas ações de conservação, restauro e manutenção no percurso museológico”.
“Neste sentido, deu-se início na parede sul da Sala do Capítulo ao processo de colocação de mais cinco pinturas a óleo sobre tela que retratam alguns dos Abades Gerais da Congregação Beneditina dos Reinos de Portugal e do Brasil, da qual Tibães foi a Casa-mãe, entre 1567 e 1834”, refere o documento.
De acordo com a direção regional, após terem sido vendidas durante a ocupação privada do Mosteiro e estarem espalhadas por todo o país ao longo de várias décadas, estas pinturas foram recuperadas e oferecidas, regressando agora ao seu local de origem: a Sala do Capítulo.
A sala, que chegou a ter aproximadamente 70 quadros, ficou completamente vazia na primeira metade da década de oitenta do século passado.
Após a compra do imóvel por parte do Estado Português, em 1986, e com o apoio mecenático de várias instituições e associações de defesa do património – das quais se destacam a ASPA, o Mosteiro de Singeverga e o Grupo de Amigos do Mosteiro de Tibães -, tem sido possível recuperar parte da coleção de pintura que outrora figurava nesta sala, sendo já observáveis mais de metade das obras originais, refere a direção regional.
“Nas últimas duas semanas, foram colocados na sala do Capítulo Geral os retratos de Fr. Tomás do Socorro (eleito em 1611 e 2.ª vez em 1629), Fr. Mâncio da Cruz (eleito em 1620), Fr. António Carneiro (eleito em 1644), Fr. José de S. Domingos (eleito em 1752) e Fr. Bento de S. António Vieira (eleito em 1813)”, aponta o documento.