Está prestes a arrancar uma extensa intervenção de conservação e restauro num edifício histórico localizado na zona antiga da cidade de Braga. A obra, de grande complexidade técnica e patrimonial, visa garantir a preservação e valorização deste imóvel classificado, com especial atenção à cobertura, fachadas e elementos estruturais em madeira.
O contrato foi adjudicado pela Universidade do Minho (UMinho), dona do edifício, à empresa “Augusto de Oliveira Ferreira – AOF” por 1,1 milhões de euros e incide no restauro específico da “cobertura e da caixilharia de um setor do Edifício do Castelo”.
Futuramente, de acordo com a universidade, o espaço será uma “escola de negócios” chamada UMinhoExec – Executive Business Education.
Além da construtora de Braga, vencedora do concurso, concorreram ao procedimento as empresas Rebau (Gaia), Sá Machado (Vila Verde), Costeira (Guimarães), ABB (Braga), SmartGov (Braga) e Irmãos Moreira (Penafiel).
O MINHO sabe que antes do início dos trabalhos no terreno, a empresa está obrigada a realizar uma “análise detalhada das condições de conservação” do edifício, redigindo um relatório técnico preliminar, acompanhado de anexo fotográfico, plano de execução e descrição dos materiais e métodos a utilizar.
Ao que O MINHO apurou, a intervenção engloba a montagem de um estaleiro devidamente equipado com andaimes certificados, infraestruturas de apoio, sinalética, medidas de segurança e saúde no trabalho, bem como sistemas de recolha e gestão de resíduos. Especial atenção será dada à cobertura do monumento, onde será instalada uma estrutura temporária de proteção, garantindo a segurança dos trabalhadores e do próprio edifício durante os trabalhos.
Entre as primeiras ações previstas estão a desmontagem controlada de telhas cerâmicas, tubos de queda, caleiras e claraboias, bem como a limpeza de entulhos e materiais obsoletos. A cobertura será alvo de substituição integral, incluindo a aplicação de isolamento térmico, telas transpirantes e novas telhas cerâmicas tipo “marselha”.
A estrutura de madeira será alvo de avaliação, com substituição de elementos deteriorados, aplicação de biocidas e reforços metálicos em aço inox, de forma a respeitar os materiais e técnicas originais. A fachada e a cúpula receberão também tratamentos de remoção de rebocos degradados, limpeza e aplicação de produtos hidrorrepelentes.
O plano inclui ainda o restauro de caixilharias em madeira e ferro, a reabilitação de gradeamentos ornamentais, tratamento de juntas e aplicação de novos rebocos com materiais compatíveis com a estrutura original.
Segundo a UMinho, todo o processo será acompanhado por registos fotográficos e gráficos rigorosos, obrigatórios antes, durante e após a obra. Estes registos serão integrados no relatório final técnico, a entregar em suporte digital e papel no prazo máximo de 30 dias após a conclusão da intervenção.
Notícia atualizada às 18h13 (15/06/25) com correção do nome da empresa vencedora e do concelho a que pertence.