A União de Restaurantes de Braga de Apoio ao Covid-19 (URBAC) vai enviar ao primeiro-ministro e presidente da Repúlbica o seu manifesto final, no qual elenca sete medidas sustentadas num estudo do impacto económico do setor na economia.
“Com base em relatórios do Ministério da Economia e do Instituto Nacional de Estatística, fizemos a avaliação dos dados separados por setor para sabermos o peso dos restaurantes na economia”, afirma a O MINHO um dos elementos deste “grupo espontâneo”, Albino Fernandes.
Sublinhando que a restauração “gerou muitas receitas”, tendo um papel fulcral no desenvolvimento da economia do país, Albino Fernandes considera que é “está na altura de o Estado retribuir e ajudar” o setor.
O manifesto final da URBAC-19 foi formulado, também, após a auscultação de todos os membros, que são mais de 130 e representam perto de 1400 postos de trabalho.
As sete medidas sugeridas são:
- ‘Lay-off’ adaptado em que o governo assume o pagamento integral dos salários durante o estado de emergência;
- ‘Lay-off’ adaptado, após período do estado de emergência, durante 3 meses, o governo assume o pagamento de 50% dos salários, sendo considerado o período de retoma de confiança do consumidor;
- Contribuições à Segurança Social e IRS devem ficar isentas desde o corrente mês até que termine o período de estado de emergência, e não suspensas como é sugerido;
- Após o estado de emergência, durante um período de 3 meses, o governo deverá assumir uma isenção de 50% na Segurança Social e IRS;
- A banca deve suspender o pagamento de financiamentos em curso, apresentar juros mais baixos que a linha “Capitalizar” e permitir a todas as empresas aceder ao crédito mesmo que apresentem capitais próprios negativos;
- Isenção total de taxas e impostos das facturas de água, luz e gás, e suspensão sem penalização dos contratos de comunicações com operadoras;
- Pagamento dos estímulos aprovados pelo IEFP.
O manifesto termina, afirmando que “se estas medidas não forem aplicadas serão, sem dúvida, os 7 pecados mortais para a Restauração em Portugal”.
Albino Fernandes conclui que este pacote de medidas “ficaria mais barato ao Estado” do que deixar as “empresas cair” e atuar a posteriori.