A União de Restaurantes de Braga divulgou, hoje, uma espécie de caderno reivindicativo que vai enviar ao Governo e à Câmara Municipal de Braga (CMB) no qual começa por pedir que o Município crie um fundo para que os restaurantes “sejam dotados de um reforço na tesouraria a fundo perdido, à semelhança de Lisboa, que sem dúvida demonstrou, a valorização da atividade e a sua importância para a cidade. Os apoios deveriam ser proporcionais e escalonados”.
Pretendem ainda que sejam acordados mecanismos entre a Câmara e os TUB (Transportes Urbanos) e parques de estacionamento privados, definindo um valor máximo de um euro pago pelos clientes nos horários de refeições até final 2022.
“ A CMB e a URBAC, em conjunto, elaborarão um projeto comunitário de apoio à retoma, envolvendo a gastronomia e a cultura, através da criação de iniciativas entre as duas áreas. Para além disso, a articulação de horários específicos pós-espetáculos, para todos os que pretenderem aderir. (Ex: Associação ao cartão Quadrilátero)”, defende em nota assinada por Tiago Carvalho, seu porta-voz.
A CMB, em conjunto com a URBAC e a Universidade do Minho, – acrescenta – “deve agilizar a elaboração de um estudo que demonstre qual o valor real da nossa atividade no concelho de Braga. Este estudo, deve ter em conta os postos de trabalho diretos e indiretos, a faturação global dos restaurantes e a faturação de todos os intervenientes na cadeia de abastecimento, bem como, as empresas de prestação de serviços”.
Deve também ser estudado – assinalam – o impacto real criado na economia local, todo o negócio gerado em torno deste sector, desde a sua criação, como por exemplo construção, arquitetura, marketing, agências de comunicação, entre outros. Pretende-se assim, ter uma radiografia daquilo que sentimos que somos enquanto empresários no contributo para o crescimento, desenvolvimento e imagem da nossa cidade.
Captação de turistas
A URBAC pretende, ainda, que se promova, em conjunto com o Turismo de Portugal, campanhas de captação de turistas internos e externos.
Para tal – sugere – seria criada uma marca, onde Braga seja a referência da gastronomia portuguesa, mais concretamente, na grande riqueza da cozinha minhota.
A restauração pede, ainda, a “criação de um gabinete de monitorização e apoio, entre a Câmara e a URBAC, para a defesa da restauração, solicitando também às juntas de freguesia, a sua cooperação pela proximidade com muitos negócios e as suas reais necessidades. A INVESTBRAGA, poderia ser o veículo de articulação entre todas estas entidades”.
O terceiro ponto do «pacote» é o da redução de 50% nas tarifas de lixo e de consumos na fatura da Agere durante os próximos dois anos, uma medida idêntica a do apoio já solicitada à EDP.
Deseja, ainda, que seja criado, com urgência, um grupo de trabalho para 2021 e 2022, “visando tornar Braga num exemplo do aproveitamento do espaço público, desde a criação de esplanadas novas, à sua cobertura, criar limites no horário de circulação e de velocidade de veículos em algumas ruas da cidade, devolver ruas e praças às pessoas, demonstrando assim, o empenho da cidade no cuidado com as pessoas e com o ambiente”.
No final do primeiro trimestre de 2021, – propõe – tem de estar pronto a ser executado o trabalho elaborado pelo grupo criado, onde também estaria a proteção civil e a CMB.