Os restaurantes de Braga, através da associação Urbac 19 (União de Restaurantes de Braga de Apoio à covid-19) vai reunir-se com a autarquia local, esta segunda-feira, para apresentar alguns pontos que querem ver esclarecidos. Um dos quais prende-se por um alegado “excesso de zelo policial” nas multas de estacionamento nos carros estacionados de forma irregular no centro da cidade, depois das 20:00 horas.
Na missiva que será apresentada, a que O MINHO teve acesso, os empresários acham que o contexto atual de Estado de Alerta devia permitir “flexibilização das medidas coercivas”, sob pena dos restaurantes não terem clientes para o jantar. Querem “trazer os munícipes de volta ao centro ao invés de os afugentar”.
A O MINHO, o edil Ricardo Rio diz que a Polícia Municipal não irá ceder a este tipo de pressão, acrescentando que já antes da entrada do terceiro turno o estacionamento no centro histórico era caótico.
“As pessoas têm, no centro, onde parar o carro. Não pode ser em cima do passeio, à porta de moradores e garagens, em segunda fila, em qualquer lado, em violação do código de trânsito”, sublinhou, assegurando, no entanto, que a câmara continuará a apoiar a restauração e o comércio através da isenção de taxas e com o aumento das esplanadas, que custa aos cofres públicas cerca de meio milhão de euros.
Outras questões
Mas a restauração não crê que essas medidas sejam suficientes e pede lugares gratuitos até final de 2020, por não existirem lugares gratuitos no centro da cidade, causando desmotivação nos clientes.
Os restaurantes querem saber qual o número de extensões de esplanadas aprovadas pela autarquia (incluíndo esplanadas com estrado) e pedem fiscalização a esplanadas ilegais que, alegam, vários locais montam, numa ação de “chico-espertismo”.
Pedem ainda uma posição clara sobre o horário de encerramento dos estabelecimentos, algo que, dizem, causa confusão até na própria autoridade, na hora de fiscalizar, uma vez que a lei obriga a fechar portas às 23:00 horas mas não é clara se os clientes que já lá estão podem continuar até mais tarde.
Querem ainda mais informação sobre um plano estratégico do pelouro liderado pelo vereador João Rodrigues que indique se os setores de restauração e hotelaria vão beneficiar relativamente ao turismo.
Pedem também aceso aos dados atualizados acerca do valor de reembolsos realizados no âmbito da insenção de taxas municipais para os comerciantes
A finalizar, a URBAC19 rejeita respostas “polidas, evasivas e inconclusivas”: “Queremos respostas assertivas, agendadas e produtivas, e continuaremos a fazer que estiver ao nosso alcance para as obtermos”.