Restaurante que parecia condenado à nascença trouxe alta cozinha a pacata aldeia de Famalicão

Foto: CM Famalicão

Renato Cunha abriu as portas de um restaurante de alta cozinha na pacata freguesia da Portela, em Famalicão, em 2006. Uma decisão ousada e ouviram-se vozes a vaticinar uma vida curta ao Ferrugem.

Dezoito anos depois, o projeto gastronómico do chefe Renato Cunha está cada vez mais ousado, “com uma visão crescida, adulta e madura e a sonhar com aquilo que será o futuro”: o Ferrugem 2.0.

Como O MINHO noticiou, o novo conceito do espaço famalicense foi recentemente eleito pela Revista de Vinhos como “Restaurante do Ano”. Agora prepara-se para “reunir numa única identidade várias dinâmicas e projetos que têm como conceito base a circularidade”, como avança a autarquia, em comunicado.

À experiência gastronómica à mesa do restaurante, Renato Cunha acrescenta agora novas vivências à marca Ferrugem, entre elas um projeto de alojamento local e o convite para mergulhar na ruralidade e a cozinhar em fogo lento e ao ar livre através da iniciativa “Ir Com Sede ao Pote”.

“Muitas ideias” para concretizar a partir de Famalicão, naquela que Renato considera ser a sua zona de conforto, mas onde se desconforta todos os dias. 

“Sou um inconformado à procura de novas coisas. Sempre acreditei que era possível sonhar aqui e é em Famalicão que quero continuar a imprimir os meus projetos mais ambiciosos”, refere, citado pela Câmara.

Até porque é naquele concelho que encontra o ingrediente chave para o sucesso da receita do Ferrugem. “Acredito que a técnica é universal, mas o produto é local. Recorro cada vez mais aos produtores locais onde procuro e encontro um produto autêntico e genuinamente bom”, explica.

O percurso do chefe famalicense e da marca – Ferrugem – que criou a partir de Famalicão mereceram a atenção do presidente da autarquia famalicense que apontou Renato Cunha como um dos rostos de Famalicão Região Empreendedora Europeia. 

Foto: CM Famalicão

“O Ferrugem celebra este ano a maioridade, está na flor da idade e acaba de tirar a carta para novos voos. O Renato Cunha é um dos nomes maiores da cozinha contemporânea portuguesa e um rosto incontornável da força empreendedora de Vila Nova de Famalicão”, disse Mário Passos.

Ao longo deste ano e através do Roteiro “Os Rostos da EER”, Mário Passos dará a conhecer muitos dos nomes que ajudam a posicionar Vila Nova de Famalicão como uma das maiores e mais pujantes economias do país e a impulsionar o ADN empreendedor do concelho.

António Braz Costa, diretor-geral do CITEVE e CeNTI, e Ana Patrícia Correia, da Marupiu – Pâtisserie foram os dois outros nomes até agora apontados pela autarquia.

 
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