O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, visitou as obras de construção da futura residência nas antigas instalações da Fábrica Confiança, que o autarca considera ser um “projeto emblemático de regeneração urbana” na cidade.
A visita foi acompanhada pelo reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, pela vereadora Olga Pereira e por representantes do Grupo Casais.
O projeto, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), representa um investimento de cerca de 25,5 milhões de euros e irá disponibilizar 876 camas.
Em comunicado, a autarquia salienta que, além de responder à crescente procura por alojamento acessível por parte da comunidade académica, a intervenção requalifica um edifício emblemático da cidade e contribui para a regeneração da zona de São Victor.
“Este é um projeto emblemático de regeneração urbana, numa zona central da cidade com inúmeras dinâmicas importantes na sua envolvente. É particularmente impactante pela resposta habitacional que oferece aos estudantes universitários, uma vez que permitirá duplicar a atual oferta de alojamento no Concelho. Trata-se ainda de um projeto inovador e sustentável, que está na vanguarda do desenvolvimento em engenharia”, referiu Ricardo Rio, citado no comunicado.







O autarca salienta que “Braga ficará muito bem servida com uma infraestrutura de grande impacto, que será, sem dúvida, uma mais-valia para o futuro da cidade”.
O presidente da Câmara destacou ainda o impacto directo que o novo equipamento terá na vida dos estudantes: “Garantir alojamento digno, acessível e de qualidade é um factor decisivo para a igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior. Sabemos que o custo da habitação é, muitas vezes, um entrave para milhares de jovens. Esta residência é uma resposta concreta e estruturante para esse desafio”.
Ricardo Rio sublinhou ainda a importância estratégica do investimento, destacando que este projecto “vem reforçar a posição de Braga como cidade universitária de referência, capaz de atrair e fixar talento nacional e internacional, e contribui para a sustentabilidade do próprio sistema de ensino superior”.
A nova residência contará com quartos de tipologias diversas, áreas comuns, zonas de estudo, refeitório e lavandarias. A obra preserva elementos arquitectónicos do antigo complexo industrial, ao mesmo tempo que introduz soluções sustentáveis e inovadoras, como o sistema híbrido CREE e a utilização de tecnologia Digital Twin para gestão energética e de manutenção.
Está também prevista a criação de um espaço museológico com cerca de 1.200 m², que manterá viva a memória da antiga fábrica de sabonetes e perfumes, integrando a residência num contexto cultural e patrimonial mais amplo.
De acordo com a autarquia, “esta será a maior residência universitária do país construída com apoio do PRR, tanto em número de camas como no volume de financiamento”.
A conclusão da obra está prevista para junho de 2026.