Factos animadores relativamente à ameaça de seca na região do Minho, com o último ano hidrológico a ser o melhor dos últimos cinco, com mais do dobro das reservas de água acumuladas, adiantou a O MINHO o clube meteorológico MeteoFreixo, um programa do Agrupamento de Escolas de Freixo, em Ponte de Lima.
No relatório climático publicado esta tarde em O MINHO, referente ao ano hidrológico (outubro 2022 a setembro 2023) e ano civil 2023 (janeiro a setembro do corrente ano), o clube de meteorologia salienta o “ano animador” entre outubro de 2022 e 2023, destacando os 101 mm de chuva caídos em setembro, mesmo a fechar o ano.
“Assim, as reservas hídricas deste ano hidrológico terminam com acumulado bastante superior (quase 2.200 mm) ao que ocorreu no ano análogo 2021/22 (inferior a 1.100 mm)”, explica o relatório assinado pelos alunos-investigadores José Luís Fernandes, Sofia Araújo e Gonçalo Sousa, sob orientação do professor e grande mentor do clube, Sérgio Bastos.
Sobre a comparação com os últimos cinco anos hidrológicos, “este foi o mais animador com uma precipitação 50% acima do normal”, salienta o relatório, enfatizando que o ano anterior foi “seco e onde choveu menos de 25%”.
Para o clube de meteorologia, “estão reunidas as condições para a gestão dos recursos hídricos sem sobressaltos, mas também com a responsabilidade de gerir muito bem a água na produção energética porque 2023/24 poderá vir a ser complicado”.
O clube MeteoFreixo foi criado em outubro de 2017 pelo agrupamento de Freixo, em Ponte de Lima e é um dos principais responsáveis pela rede de estações meteorológicas de Arcos de Valdevez e Paredes de Coura, tendo também criado o indíce de risco natural de incêndio e geada, certificado pelo Politécnico de Viana do Castelo, e que é uma importante ferramenta para prevenir incêndios.
Com duas estações meteorológicas (analógica e digital), o clube partilha os dados que recolhe com os Bombeiros de Ponte Lima, a GNR de Freixo e o com a Proteção Civil, através do Comando Sub-regional do Alto Minho.
