O rendimento médio disponível das famílias na União Europeia (UE) aumentou 3,6% em 2021, face a 2020, e a taxa de risco de pobreza manteve-se estável, divulgou hoje o Eurostat.
De acordo com dados do serviço estatístico da UE, o rendimento do emprego aumentou em todos os quintis (indicadores estatísticos para avaliar a distribuição do rendimento do conjunto da população, que é dividida em cinco estratos) mas mantém-se ainda ligeiramente abaixo do nível pré-pandemia de covid-19.
Na média da UE, as estimativas do Eurostat apontam para uma evolução positiva da distribuição do rendimento, com fortes subidas nos agregados com baixos rendimentos, em linha com a diminuição do número de trabalhadores afetados pelas medidas de luta contra a disseminação do vírus SARS-CoV-2.
Nesta estimativa são ainda tomadas em conta as medidas de proteção social adotadas para estabilizar os salários e rendimentos familiares que vigoram em muitos Estados-membros.
A pandemia de covid-19 – que atingiu a Europa no início de 2020 – levou a uma importante redução da atividade económica, incluindo o encerramento temporário de vários setores, que resultou num aumento sem precedentes do número de trabalhadores desocupados ou a trabalhares em horários reduzidos e numa quebra de rendimentos.
No que respeita ao nível de pobreza, esta manteve-se estável em 2021 na comparação com 2020 mas, face a 2019 (antes da pandemia), – e para os Estados-membros com dados disponíveis – cinco registaram um aumento deste indicador, que se manteve estável noutros 11 e recuou em sete.
Não há dados disponíveis de Portugal sobre o risco de pobreza.