O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, esteve hoje em Kiev numa visita surpresa. Durante o encontro com o chefe de gabinete do Presidente ucraniano, Andriy Yermak, o britânico fez uma oferta de treinamento aos militares ucranianos.
Boris Johnson ofereceu-se para lançar uma operação de treino para preparar 10 mil soldados a cada 120 dias. Segundo o britânico, o momento é de aproveitar “a mais poderosa das forças: a determinação ucraniana em vencer”.
“A minha visita hoje, nas profundezas desta guerra, é para enviar uma mensagem clara e simples ao povo ucraniano: o Reino Unido está convosco, e estaremos convosco até que vocês [Ucrânia] finalmente prevaleçam“, disse, segundo o The Guardian.
As negociações também incluíram um fornecimento de armas pesadas e sistemas de defesa aérea, apoio económico, para além do aumento de sanções à Rússia.
Сьогодні разом з @ZelenskyyUa, командою Офісу та Уряду зустрілися з нашим добрим другом та союзником, @BorisJohnson.
Обговорили з Борисом необхідність постачання важкої зброї та систем ППО, економічну підтримку 🇺🇦, посилення санкційного тиску на РФ. pic.twitter.com/6WOmiZofbl
— Andriy Yermak (@AndriyYermak) June 17, 2022
Após o encontro com Johnson, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reagiu e agradeceu pela visita.
“Muitos dias desta guerra provaram que o apoio da Grã-Bretanha à Ucrânia é firme e resoluto. Feliz por ver novamente o grande amigo do nosso país, Boris Johnson, em Kyiv”, disse.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou que 4.452 civis morreram e 5.531 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 112.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
Não existe, até agora, um balanço global das vítimas civis do conflito; só na cidade portuária de Mariupol (sudeste), caída em maio após um cerco de quase três meses, as autoridades ucranianas estimaram cerca de 20.000 mortos.