O concelho de Esposende disponibiliza, a partir de hoje, aulas de Língua Portuguesa aos imigrantes ucranianos que estão no concelho. Mercê de uma colaboração da Câmara Municipal com o Centro de Emprego de Barcelos e Serviço de Formação Profissional de Viana do Castelo, foram constituídas duas turmas envolvendo um total de 26 alunos.
Em comunicado, a autarquia adianta que a sessão de acolhimento do curso de Português Língua de Acolhimento decorreu nas instalações do Centro Social João Paulo II, em Apúlia, entidade que também colabora no acolhimento dos refugiados.
“Espero que a integração decorra da melhor forma, que aprendam a Língua Portuguesa e que se integrem e estruturem as vossas famílias no nosso concelho, se essa for a vossa vontade. Todas as entidades envolvidas neste processo estão empenhadas em proporcionar as melhores condições e todo o necessário apoio”, disse a vice-presidente da Câmara de Esposende, Alexandra Roeger, citada no comunicado.
Por seu turno, Armando Santos, diretor do Centro de Emprego de Barcelos e Esposende, vincou a responsabilidade daquele serviço, “não só ao nível do emprego, mas também na formação profissional. Ao aprenderem a Língua Portuguesa poderão adquirir novas qualificações para enfrentarem o mercado de trabalho”.
Desde o início da invasão da Ucrânia, pela Rússia, que o Município de Esposende tem disponibilizado meios e bens para os ucranianos que procurem refúgio no concelho e que, neste momento, são cerca de 150. A oferta de cursos de Português Língua de Acolhimento é uma das medidas para capacitar os migrantes, com vista a alcançar uma inclusão e coesão social plena, resultando do contexto colaborativo institucional que tem pautado o programa de acolhimento de refugiados provenientes da Ucrânia.
Com o intuito de promover a implementação de políticas públicas de acolhimento e integração das comunidades migrantes, o Município de Esposende aderiu ao projeto-piloto “Integrar Valoriza”, encetando uma intervenção mais especializada nesta área, mediante a intervenção articulada e integrada, entre entidades públicas e privadas com responsabilidades na área do acolhimento e da integração de pessoas migrantes.
O projeto-piloto “Integrar Valoriza” pretende potenciar o trabalho em rede, reforçando as respostas de integração, operacionalizando e descentralizando os recursos conducentes à prestação de respostas que permitam o acompanhamento adequado das situações, nomeadamente ao nível social, laboral, habitacional, educacional, da saúde, mas também cívico.