O julgamento de Mesquita Machado, deputados e ex-vereadores da Câmara Municipal de Braga recomeçou na manhã desta quarta-feira no Tribunal de Braga, com o depoimento de uma das testemunhas de acusação, o deputado municipal António Lima, do Bloco de Esquerda, pois foi o autor da denúncia às autoridades judiciais do caso do Palácio das Convertidas.
Mesquita Machado está a ser julgado pelas acusações de crimes de abuso de poder e de participação em negócio, já que a alienação de outros imóveis, todos junto ao Palácio das Convertidas, envolvia uma empresa a que estavam ligados uma das filhas e o genro do antigo presidente da Câmara Municipal de Braga.
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Com Mesquita Machado estão a ser julgados os deputados da Assembleia da República Hugo Pires e Palmira Maciel, enquanto vereadores à data dos factos, em meados do ano de 2013, a mesma qualidade que tinham Vítor de Sousa (à data vice-presidente daquela autarquia) e as duas outras arguidas, Ana Paula Pereira e Ilda Carneiro, todos elementos do Partido Socialista.
Mesquita Machado, na primeira audiência, afirmou desconhecer que a filha e o genro ainda estavam ligados à sociedade imobiliária que detinha os três imóveis conexos com o Palácio das Convertidas (Recolhimento de Santa Maria Madalena), situado no lado a Norte da Avenida Central, no centro da cidade de Braga.
O antigo autarca socialista contestou a versão do Ministério Público, segundo a qual ao ter expropriado – negócio entretanto anulado pelo novo Executivo de Ricardo Rio – tais imóveis envolventes ao Palácio das Convertidas, Mesquita Machado desistiu da anterior opção, que era instalar a nova pousada da juventude no Convento de São Martinho, em Real, na zona de São Frutuoso, o que custaria mais sete milhões de euros, ao município.