As receitas de serviços de telecomunicações em pacote aumentaram 8,8% no primeiro semestre, para 1.004 milhões de euros, o que representa o maior crescimento anual desde 2016, segundo dados da Anacom, hoje divulgados.
“Entre janeiro e junho de 2023, as receitas de serviços em pacote foram de 1.004 milhões de euros (51,8% do total das receitas retalhistas), tendo aumentado 8,8% face ao mesmo período do ano anterior (o maior crescimento anual registado desde 2016)), segundo os dados estatísticos relativos aos pacotes de serviços, no primeiro semestre, divulgados no ‘site’ da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
O regulador detalhou que as receitas de ofertas de quatro ou cinco serviços (4/5P) representaram 66,8% do total das receitas em pacote ou 34,6% do total das receitas retalhistas.
A receita média mensal por subscritor de pacote (36,61 euros sem IVA) registou igualmente o maior crescimento anual desde 2016 (+5,3%), tendo sido de 45,08 euros no caso das ofertas 4/5P (+4,4%) e de 28,67 euros no caso das ofertas 3P (+4%).
No final de junho, o número de subscritores de pacotes de serviços foi de 4,6 milhões, mais 131.000 (2,9%) do que no mesmo semestre do ano passado, com o crescimento exclusivamente associado às ofertas 4/5P (+169.000 ou +7,2%).
As ofertas 4/5P foram as mais procuradas, contando com 2,5 milhões de subscritores (54,8% do total de subscritores de ofertas em pacote), seguindo-se as ofertas 3P (com 1,7 milhões de subscritores, 36,4%), que verificaram o maior decréscimo anual desde 2015.
As ofertas isoladas, ‘single play’ ou 1P representaram 69% dos acessos móveis e 15,2% dos acessos fixos.
A Anacom estima que, em julho de 2022, as ofertas isoladas residenciais ascenderiam apenas a 1% do total dos subscritores residenciais de banda larga fixa, 3% do total de subscritores residenciais de TV por subscrição e a 5% do total dos subscritores residenciais de serviço telefónico em local fixo.
No final de junho, a Meo foi o prestador com maior quota de subscritores de serviços em pacote (41,3%), seguindo-se o Grupo NOS (35,4%), a Vodafone (20,5%) e a Nowo (2,8%).
Face ao mesmo período de 2022, a Meo e a Vodafone aumentaram a sua quota de subscritores (+0,3 pontos percentuais em ambos os casos), enquanto as quotas do grupo NOS e da Nowo diminuíram (ambos -0,3 pontos percentuais).
Em termos líquidos, a Nowo foi o único dos prestadores referidos a diminuir o número de subscritores de pacotes, apontou o regulador das telecomunicações.