Declarações após o jogo Casa Pia-Vizela (1-3), da terceira eliminatória da Taça de Portugal de futebol, realizado hoje no Campo Engenheiro Carlos Salema, em Marvila, Lisboa:
Álvaro Pacheco (treinador do Vizela): “A vitória é inteiramente justa. Realizámos um jogo muito bom e fomos uma equipa muito inteligente. Conhecíamos o Casa Pia, sabíamos que tínhamos de os colocar numa zona de desconforto e termos bola. O ritmo foi elevado e bom de se ver, com duas equipas sempre à procura do golo, mas o Vizela foi superior em todos os momentos. Tivemos imensas oportunidades para dilatar ainda mais o marcador.
O resultado espelha aquilo que se passou. Acreditamos em todos os jogos que somos capazes de lutar pela vitória. Se formos fiéis ao que treinamos e acreditamos, estaremos sempre mais perto de ganhar. O nosso foco é esse. O estado emocional do adversário não era tão bom como o nosso. Temos de ter sempre esta ambição de, em qualquer lado, nos impormos.
Quem trabalha com este grupo diariamente vê o empenho e a dedicação deles. No final do jogo, reconheci o trabalho que eles têm vindo a fazer. Nós, treinadores, somos aquilo que os jogadores nos dão. Têm-me feito um bom treinador.”
Rui Duarte (treinador do Casa Pia): “O Vizela foi muito melhor que nós e só temos de lhes dar os parabéns. Temos de rever e mudar comportamentos. Tem a ver com compromisso, sentir o que estamos a fazer como equipa. Estamos numa liga profissional, somos uma equipa profissional e temos de fazer por isso. Passam-se aqui coisas inacreditáveis. Ou mudamos a nossa ideia de como levamos a vida, ou então obviamente vai ser muito difícil. Não basta chegar ao balneário, tomar banho e está feito. São coisas que vão ser discutidas internamente.
Continuo a acreditar nos jogadores e que temos uma boa ideia de jogo. É possível atingir o objetivo. Vou dedicar-me cada vez mais para que isso aconteça, mas preciso que alguém me acompanhe. O futebol é compromisso, espírito de sacrifício e sentimento. É muito mais do que um jogo, é preciso ter coração e alma. Se não a temos, torna-se difícil ultrapassar obstáculos.
Andar com a casa às costas não ajuda, mas temos de viver com isso. Temos de ser ainda mais profissionais e conscientes daquilo que temos pela frente. Temos de ser mais unidos, no sentido de poder, dentro desses problemas ao redor da equipa, ir para cada treino ou jogo construir uma identidade. Esta equipa não tem identidade e precisa de uma identidade. Precisamos de homens que sintam e que sofram, que pensem no que vai mal e corrigir no próximo jogo aquilo que correu mal. Não pode ser só a equipa técnica a trabalhar nisso.
Vamos agora concentrar-nos naquilo que é mais importante no clube, mas era um objetivo seguir em frente. É uma prova bonita, com um carisma muito grande.”