O piloto britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris) terminou o primeiro dia da 55.ª edição do Rali de Portugal na liderança, depois de capitalizar os azares sofridos por alguns dos favoritos nesta quarta ronda do Mundial.
Evans chegou ao fim das oito especiais disputadas com o tempo de 1:25.43,3 horas, tendo 13,6 segundos de vantagem sobre o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), que é segundo, e 44,4 sobre o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20), que é terceiro.
O japonês Takamoto Katsuta (Toyota Yaris) é quarto, a 49,6 segundos e o britânico Gus Greensmith (Ford Puma) é quinto, a 1.00,7 minutos, apesar de ter furado três vezes, incluindo na superespecial de Lousada.
Elfyn Evans, que começou o dia por chegar à liderança na Lousã, na especial que abriu esta sexta-feira, antes de ceder o primeiro lugar ao francês Sébastien Loeb (Ford Puma).
No entanto, o veterano francês, de 48 anos, não evitou um toque num muro com a traseira do seu Puma no início da segunda passagem pela Lousã, danificando irremediavelmente a suspensão traseira direita do Ford, sendo obrigado a desistir, podendo regressar no sábado com uma penalização de sete minutos por cada especial falhada hoje.
Evans voltou, assim, ao comando da prova, que não mais largou, ficando mais folgado depois de o belga Thierry Neuville (Hyundai i20), que era segundo, ter perdido a roda dianteira direita no troço de ligação para Mortágua.
No processo de mudança do pneu, acabou por danificar o eixo dianteiro do Hyundai.
Com esses problemas perdeu cerca de um minuto e meio, caindo de segundo para sétimo da geral.
Já no troço anterior, em Arganil, o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris), que procurava este ano bater o recorde de triunfos na prova lusa (tem cinco, os mesmos do finlandês Markku Alen), furou pela segunda vez, desistindo por não ter mais pneus suplentes para usar, pois só tinha levado um e já tinha furado no troço anterior, em Góis.
O estónio Ott Tänak (Hyundai i20) furou por duas vezes e caiu para 10.º, a 3.38,4 minutos.
Pelo caminho em Arganil ficaram, também, os portugueses Bruno Magalhães (Hyundai i20), com a suspensão partida, depois de já ter furado de manhã, e Manuel Castro, que viu o seu Skoda Fábia incendiar-se cerca de um quilómetro após a conclusão do troço.
Segundo indicou fonte do Comando de Operações da prova, o incêndio foi rapidamente extinto, mas o carro “ficou destruído”.
Evans terminou o dia com a vitória em quatro das oito especiais (Lousã 1, Góis 1, Góis 2 e Lousada), enquanto Rovanperä venceu duas (Arganil 2 e Mortágua), Loeb uma (Arganil 1) e Ogier outra (Lousã 2).
“Estou muito satisfeito [por liderar] em condições extremas. Todos tentam sobreviver. Foi uma lotaria. Tentamos ser o mais rápidos que podemos. É sempre possível dizer que poderíamos ser mais rápidos, mas assim não sei se chegaríamos aqui. Amanhã será um longo dia”, disse o líder após a conclusão da especial de Lousada.
Sábado disputa-se o segundo dia da prova, com os pilotos a enfrentarem 164 quilómetros divididos por sete classificativas, incluindo a superespecial desenhada na Foz do Douro, no Porto, a partir das 19:03 horas.
Até lá chegarem, os pilotos têm uma dupla passagem por Vieira do Minho (7:38 e 14:38), Cabeceiras de Basto (8:38 e 15:38) e Amarante (9:54 e 16:54).