O Rali de Portugal regressa à estrada entre os dias 11 e 14 de maio, com a 56.ª edição, trazendo várias novidades, entre as quais mais cinco quilómetros finais na classificativa de Vieira do Minho, na Serra da Cabreira. Porém, uma super-especial na Figueira da Foz e a nova classificativa em Paredes são os destaques no percurso de 329,06 quilómetros cronometrados, que volta a levar as estrelas do Campeonato do Mundo ao nosso país. Este ano estão inscritas cerca de 90 equipas.
O WRC Vodafone Rally de Portugal regressa a outro local que marcou a sua história de quase seis décadas, a Figueira da Foz, palco de uma nova super-especial de 2,28 km no centro da cidade, com a foz do Mondego e o Oceano Atlântico como pano de fundo, a fechar o primeiro dia competitivo da prova, na sexta-feira (12 de maio). Outra novidade em 2023 é uma classificativa de 15 km em Paredes, no decisivo dia de domingo (14 de maio), num concelho que continua a receber o tradicional Shakedown de abertura do rali, na quinta-feira (11 de maio), nas imediações e no interior da pista de Baltar.
Num figurino semelhante ao dos últimos anos, é na região Centro que o WRC Vodafone Rally de Portugal tem as primeiras especiais cronometradas, na sexta-feira, com duplas passagens pelos troços de Lousã (12,03 km), Góis (19,33 km) e Arganil (18,72 km), e uma passagem por Mortágua (18,15 km), antes da estreia da super-especial da Figueira da Foz.
No sábado, os concorrentes rumam ao Norte e às classificativas de Vieira do Minho (26,61 km), Amarante (37,24 km) e Felgueiras (8,91 km), que também recebem duplas passagens, antes da popular super-especial de Lousada, na pista da Costilha.
As decisões do rali também acontecem na região Norte, no domingo, com o já referido troço de Paredes, que antecede a primeira passagem pela especial de Fafe (11,18 km) e a classificativa de Cabeceiras de Basto (22,23 km). A derradeira especial, em regime de Power Stage (com atribuição de pontos-extra), volta a ser emoldurada pelos famosos cenários de Fafe. Ao todo são 19 classificativas e um percurso com 329,06 quilómetros cronometrados, por entre um total de 1636,25 quilómetros no centro e norte do país.
Vieira do Minho
Este é o primeiro dos troços disputados no coração da famosa Serra da Cabreira. A classificativa tem este ano como novidades os cinco quilómetros finais e a chegada junto à povoação de Agra. Os concorrentes vão serpentear a Cabreira, com a Serra do Gerês como pano de fundo. Após cruzar o asfalto na zona da Serradela, o troço entra numa zona mais clássica da Serra da Cabreira, com alguns saltos à mistura.
Fafe
Considerada a “Catedral dos Ralis em Portugal”, a especial de Fafe é local de ‘peregrinação’ para os adeptos do Vodafone Rally de Portugal. Os seus 11,18 km albergam dois dos maiores cartões de visita da prova: o Confurco e a respetiva passagem no asfalto; e o Salto da Pedra Sentada, a encerrar o troço, emoldurado por largos milhares de aficionados. A festa começa muito antes, pelo menos no dia anterior, quando se começam a juntar espectadores que guardam o melhor lugar para assistir à passagem dos carros. Fafe é também uma das mais memoráveis Power Stages de todo o calendário do WRC.
Cabeceiras de Basto
Considerado um dos mais bonitos troços do Vodafone Rally de Portugal, Cabeceiras de Basto é este ano percorrido em sentido contrário ao das últimas edições, tendo o seu início perto da aldeia de Busteliberne e o final na Área de Lazer da Veiga. As estradas a utilizar serão as mesmas dos anos anteriores, com a passagem pelas belíssimas paisagens da Serra da Maçã.
90 inscritos
No ano passado, Kalle Rovanperä fez História ao tornar-se o mais jovem vencedor de sempre do Vodafone Rally de Portugal, com 21 anos. O finlandês da Toyota Gazoo Racing bateu o recorde do compatriota Markku Alén, que tinha vencido pela primeira vez em Portugal em 1975, quando tinha 24 anos. No entanto, Alén ainda detém o recorde de cinco vitórias na prova portuguesa, algo que só Sébastien Ogier conseguiu igualar. E a julgar pela forma evidenciada pelo francês, Ogier terá aspirações realistas a tentar bater esse recorde nos próximos anos.
As equipas oficiais da Toyota, Hyundai e M-Sport Ford continuam a ser as principais formações do Mundial de Ralis, com a grande novidade este ano a ser a passagem do ex- campeão do Mundo Ott Tänak para a M-Sport. A confirmar o prestígio internacional da prova do ACP está o facto do WRC Vodafone Rally de Portugal ter a maior lista de inscritos até ao momento no Mundial de Ralis, com cerca de 90 equipas, acima dos ralis de Monte Carlo (75 inscritos), Suécia (51), México (31) e Croácia (56). Rovanperä é o ‘ponta-de-lança’ da Toyota Gazoo Racing, mas a equipa liderada por Jari-Matti Latvala também terá Elfyn Evans e Takamoto Katsuta nos troços portugueses. A Hyundai Shell Mobis espera que Thierry Neuville possa repetir triunfo de 2018 em Portugal, com o belga a ser agora acompanhado pelos também experientes Esapekka Lappi e Dani Sordo, que em 2022 terminou no pódio. As grandes esperanças de Malcolm Wilson e da M-Sport Ford estão depositadas em Tänak, com o promissor Pierre-Louis Loubet a também pilotar o Ford Puma Rally1.
No Vodafone Rally de Portugal estão também em competição as categorias WRC2, WRC2 Challenger, WRC3 e WRC Masters Cup, assim como o Campeonato de Portugal de Ralis (classificação até à PE8, na sexta-feira) e o Campeonato de Portugal de Ralis 2 Rodas Motrizes (classificação entre a PE9 e PE15, no sábado). A Exponor, em Matosinhos, acolhe o centro de operações do evento e o parque de assistência das equipas.