Quinta em Caminha e casa de luxo em Famalicão entre os leilões do Estado para março

O Estado está a leiloar em março 105 artigos imobiliários e 26 viaturas nos distritos de Braga e de Viana do Castelo através da plataforma e-leilões, portal que se dedica à venda online dos bens executados pelos tribunais resultantes de dívidas ou processos de insolvência, bem como de artigos móveis ou imóveis apreendidos, recuperados ou declarados perdidos em processos-crime.

O portal, idealizado e lançado em maio de 2016 através de despacho, esteve desativado desde janeiro para alterações que ficaram concluídas agora durante o mês de março, levando à sua reativação com nova cara.

O MINHO consultou a plataforma a propósito da atualização mensal dos leilões, e verificou que no distrito de Braga, para o mês de março, estão a leilão 74 imóveis, a saber: sete apartamentos, 25 moradias, oito lojas, três quintas e duas garagens, entre outros.

Casa T4 em Calendário mantém-se como a mais cara na lista

Das moradias para habitação, a luxuosa casa T4 em Calendário, Famalicão, voltou a não interessar a nenhum comprador, encontrando-se neste vaivém há quase um ano.

Este é o imóvel com o valor base mais elevado no distrito de Braga – 1,7 milhões de euros – acima do valor mínimo de venda inserido na plataforma pelo agente de execução – 1,44 milhões. Apesar das sucessivas tentativas de venda, o preço mantém-se inalterado.

FONTE: E-LEILÕES

T2 no centro da cidade de Braga

Em relação aos apartamentos em leilão, o destaque também é um imóvel repetido – um T2 em São Vicente, na cidade de Braga, com valor base de 168 mil euros e preço mínimo de 135 mil euros. 

Trata-se de uma fração autónoma de um prédio horizontal, no rés-do-chão direito, com entrada pela Praceta Beato Inácio Azevedo.

Existe um inquilino que celebrou contrato de arrendamento com o executado, por um ano, mas renovável por iguais períodos, sendo essa uma limitação para quem comprar o apartamento.

Em entrevista à CNN Portugal, Duarte Pinto, representante dos agentes de execução, explicou que o leilão eletrónico veio travar a forma antiga de se leiloar o que era do Estado, quase sempre restrito a um grupo de interessados, através de carta fechada, e num gabinete de juizes. O  presidente do Conselho Profissional do Colégio dos Agentes de Execução, dá conta de preços “mais favoráveis” às famílias que estejam a pensar comprar casa, mas adianta que a mais parte dos ‘lances’ é feita por “investidores”.

Quinta em Quarteu, Caminha

No Alto Minho, o imóvel mais valioso é composto de casa de rés do chão, primeiro andar, duas dependências e rossio, situado em Lugar do Quarteu, em Caminha.

O valor base de execução deste imóvel é de 748.400 euros, mas o valor de abertura do leilão, que ainda não teve qualquer proposta, encontra-se nos 374 200 euros. A mesma terá de ser vendida acima de 636.140 euros.

Neste domingo existiam 1049 leilões de todo o país ativos na plataforma. O mais caro é um antigo complexo industrial em Aveiro e cujo valor base situa-se nos 5 milhões de euros.

 
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