“Quero dar uma palavra a todos os bombeiros, às forças de segurança e a todos que sofreram com os incêndios”

Foto: SC Braga

Declarações dos treinadores após o jogo Nacional – SC Braga (0-3), da sexta jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio da Madeira:

– Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Antes de mais, quero dar uma palavra a todos os bombeiros, às forças de segurança e a todos os que sofreram com os incêndios nos últimos dias.

“Não foi um jogo fácil. Nos primeiros dez minutos demoramos a estabilizar. Depois, tivemos várias oportunidades e podíamos ter chegado ao intervalo a vencer. Houve uma reação do Nacional no final da primeira parte, mas nós tivemos mais possibilidades e, ao intervalo, já podíamos estar a vencer.

Na segunda parte, tivemos de fazer substituições forçadas, em função dos amarelos, porque não queiramos correr riscos (…) e fizemos as alterações para equilibrar a equipa e não sofrer com isso.

A entrada do Ismael [Gharbi], junto com os outros jogadores da frente, foi boa porque desbloqueou o jogo. Creio que é um resultado exagerado para aquilo que o Nacional fez, mas fico com a sensação de que foi uma vitória difícil, mas inteiramente justa.

É certo que nós marcamos três golos, mas também tivemos uma grande falta de eficácia na primeira parte. Fizemos oito remates enquadrados. (…) Quando nós chegamos ao final do jogo, em que se ganha por 3-0, em que se cria oito oportunidades de golo na primeira parte, e depois, no mínimo, mais três na segunda, não podemos dizer que foi injusto.

Concordo que os 90 minutos não foram lineares, mas é muito difícil, no campeonato português, fazer exibições lineares, sempre num ritmo elevado, porque as equipas são boas e têm as suas competências”.

– Tiago Margarido (treinador do Nacional): Durante 77 minutos, conseguimos ser competitivos e igualar o Braga nos vários momentos do jogo. Penso que, até então [golo de Niakaté], o jogo estava a ser equilibrado e bastante disputado.

A verdade é que eles chegaram ao golo num lance fortuito, em lance de ressalto, e isso desbloqueou todo o jogo. Depois disso, tentamos ir atrás do resultado. Obviamente que a perder, e a jogar em casa, tentamos ir mais para a frente, e ficamos desequilibrados nos momentos de transição, o que fez com que o [Sporting de] Braga fizessem mais dois golos.

[Substituições ao intervalo] A ideia era refrescar o ponta de lança, porque o Tiago [Reis] trabalhou muito para a equipa. Precisávamos de um ponta de lança de apoio e procuramos fazer uma dinâmica ofensiva diferente (…). Foi com essa intenção, porque tínhamos o Tiago [Reis] e o Miguel [Baeza] desgastados. E penso que, na segunda parte, tivemos momentos de transição fortes, com a capacidade do Nigel [Thomas} e o apoio competente do Adrián [Butzke]. 

Apenas quatro golos no campeonato? É um facto. A única solução que temos é continuar a trabalhar, acreditar que vamos conseguir fazer golos e melhorar os jogadores nesse sentido. Resta-nos trabalhar nessa situação.

Os resultados não estão a condizer com aquilo que tem sido o nosso nível exibicional (…). A verdade é que temos sido competitivos e temos apresentado qualidade nos jogos que temos disputado. É uma questão de conseguirmos materializar aquilo que temos vindo a produzir.

Quero só dar uma palavra aos nossos bombeiros, que hoje foram justamente homenageados. De facto, o trabalho deles é heroico (…). Sem eles, estaríamos muito mal. Um abraço a todos e um agradecimento muito especial.

 
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